Inquérito deve ser concluído ainda nesta sexta-feira 

Durante o último depoimento prestado à polícia nesta quinta-feira (14), na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), o professor, de 38 anos, Deivid Almeida Lopes, negou que Kauan frequentasse a sua residência, além de dizer que conhecia muito pouco o menino.

O inquérito sobre a morte de Kauan deve ser concluído ainda nesta sexta-feira (15) sem os resultados de exames de DNA, e ser enviado ao Ministério Público. Os resultados dos exames devem ser enviados posteriormente sem prejuízo ao andamento do processo.

Um pedido de exame de DNA para o pai de Kauan, que está preso em São Paulo, foi feito e a amostra foi enviada para a Capital onde ainda passa por análise. O professor foi indiciado nesta quinta-feira (14) por estupro de vulnerável seguido de morte.

O professor está preso desde o dia 21 de julho de forma temporária e com a conclusão do inquérito, o delegado que cuida do caso Paulo Sérgio Lauretto deve pedir a conversão da prisão para preventiva. Lauretto explicou que durante o depoimento de Deivid, ele foi calculista e frio sempre pensando em cada resposta que seria dada a polícia. “Ele continua negando o crime”. Ainda teria dito durante o depoimento que Kauan não frequentava sua residência, assim, como outras crianças e adolescentes.

Kauan teria sido esquartejado, possivelmente com um facão, que foi encontrado na residência do professor, por duas vezes, sendo colocado no porta-malas do carro do autor e levado até o Córrego Anhaduí.

Mesmo com as buscas por toda a extensão do córrego Kauan nunca foi encontrado e com as investigações acredita-se que o professor voltou ao local, que estava marcado com uma pedra, esquartejou novamente o corpo do menino e o enterrou em outro local.

Para a polícia, o adolescente de 14 anos, que teria levado Kauan a caso do professor, contou que era estuprado desde os 10 anos. Com uma nova vítima, a polícia já investiga 10 casos de estupro de vulnerável contra o professor, todas vítimas vindas de famílias pobres.Caso Kauan: em depoimento acusado nega que menino frequentasse sua casa

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. De acordo com o delegado, o suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.