Dois meses atrás Estado pediu reforço na segurança

Dois meses após o pedido da presença das Forças Armadas na linha de fronteira de Mato Grosso do Sul, a Força Aérea Brasileira (FAB) vai deflagrar a Operação Ostium, para coibir vôos clandestinos que possam estar ligados ao narcotráfico na fronteira do Brasil com o Paraguai e com a Bolívia. A operação será nas cidades de Dourados e Corumbá (a 233 km e 419 km de Campo Grande, respectivamente). O Estado não é produtor de maconha ou cocaína, mas é considerado  uma das principais rota do tráfico, tanto que metade das apreensões de droga do País ocorrem no território. 

A megaoperação, que segundo o Ministério da Defesa deve durar até o final do ano, usará helicópteros de combate AH-2 Sabre e H-60 Black Hawk, caças A-29 Super Tucano e Aeronaves Remotamente Pilotadas RQ-450, popularmente conhecidas como drones. 

De acordo com o Ministério da Justiça, a Operação Ostium faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), que promove atuação integrada e coordenada de órgãos de segurança pública, inteligência, Receita Federal, Fazenda e Forças Armadas nas regiões de fronteira, envolvendo também  autoridades de municípios fronteiriços e de países vizinhos. 

As ações serão coordenadas a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF).

No dia 18 de janeiro, em reunião da governadora em exercício, à época, Rose Modesto e mais sete governadores do Brasil com o presidente Michel Temer, foi solicitado reforço na região fronteiriça.

Gasto com presos na rota do tráfico

Durante a incineração de mais de 83 toneladas de drogas em junho de 2016, no frigorífico JBS, o governador e secretário falaram sobre os gastos com traficantes presos em Mato Grosso do Sul, que na maioria das vezes iriam para outros estados. Detidos na ‘rota do tráfico’, esses presos somam gastos de R$ 11 milhões por mês ao Estado.

Na semana passada, o governo de Mato Grosso do Sul ingressou com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo o repasse mensal de R$ 10,6 milhões para custear os detentos. O Supremo ainda não julgou o pedido de liminar.