Buscas por corpo de Kauan mudam após bombeiros percorrem 21km de córrego

Já são 7 dias de buscas pelo corpo do menino

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Já são 7 dias de buscas pelo corpo do menino

Entrando no sétimo dia de buscas pelo corpo do menino Kauan Andrade de 9 anos, os bombeiros já percorreram 21 quilômetros do Córrego Anhaduí, em Campo Grande. Nesta sexta-feira (28), oito militares participam da operação.

As buscas que estavam concentradas na Rua Ezequiel Ferreira Lima, em frente ao Caic (Centro de Atendimento Integral a Criança), no Aero Rancho, agora deve se deslocar para a Avenida Campestre, e as margens do córrego já foram percorridas, e pedras vistoriadas na tentativa de localizar Kauan.

Botes também são usados com mergulhadores para auxiliar nos trabalhos do Corpo de Bombeiros. Ontem (quinta), os trabalhadores começaram em um novo ponto do Rio Anhanduí, próximo do Ginásio Guanandizão, por volta das 15 horas. Bombeiros e os policiais civis se concentraram em um poço que tem 10 metros de diâmetro e 2 de profundidade.

Nesta sexta-feira (28), o inquérito por abuso e exploração sexual deve ser encerrado, já as outras investigações por posse de pornografia, homicídio e ocultação de cadáver não tem prazo.

De acordo com Lauretto, o professor de 38 anos, principal suspeito pela morte de Kauan, deve ser indiciado pelos três crimes, mesmo negando. “Temos indícios suficientes para a culpa dele, por mais que ele negue os crimes”, disse.

Lauretto ainda disse que mais oito vítimas do professor foram identificadas e já prestaram depoimento. As vítimas, todos meninos, tinham idade entre 9 e 12 anos, e segundo o delegado moravam na região.

Ainda segundo informações, as crianças atraídas eram recompensadas com dinheiro e, caso levassem mais uma criança para o suspeito, ‘ganhavam’ R$ 50 do professor. No dia de sua prisão na última sexta-feira (21), ele teria entregue o celular para os policiais afirmando que ‘não tinha nada a esconder’. Mas, no aparelho foram encontrados vídeos pornográficos, cenas dele fazendo sexo com uma possível aluna e portando armas de fogo.Buscas por corpo de Kauan mudam após bombeiros percorrem 21km de córrego

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

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