Crime aconteceu em fevereiro

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida aceitou a denúncia feita pelo MPE (Ministério Público Estadual) de que os acusados pela morte do adolescente Wesner Moreira da Silva de 17 anos devem responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Thiago Giovani Demarco Sena de 20 anos, e Willian Henrique Larrea de 31 anos viraram réus no processo, que será julgado pelo Tribunal do Júri. A ação penal que pediu a denúncia entendeu que os acusados teriam cometido o crime com recurso que dificultou a defesa da vítima.

Ainda de acordo com a denúncia, os rapazes sabiam do potencial ofensivo da mangueira usada na agressão ao adolescente assumindo o risco de matar. Wesner teria sido imobilizado e agarrado, o que não deu chance para defesa momento em que Thiago introduziu a mangueira de ar compressor no adolescente.Autores de 'brincadeira' que matou Wesner responderão por homicídio

Relembre o caso

Wesner deu entrada na Santa Casa de Campo Grande no dia 3 de fevereiro em estado grave, precisou passar por uma cirurgia e retirou 20 centímetros do intestino. Depois disso, chegou a apresentar melhora no quadro de saúde, mas voltou a ter hemorragia e foi levado para a CTI (Centro de Tratamento Intensivo) novamente. No dia 14 de fevereiro ele não resistiu e morreu.

Logo após sua morte, a polícia pediu a prisão preventiva dos dois envolvidos, o que foi negado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Campo Grande. Ele alegou que o delegado Paulo Sérgio Lauretto não trouxe “fundamentação quanto à concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos”.

No dia 3 de março, com faixas e cartazes pedindo justiça, cerca de 30 pessoas entre familiares e amigos de Wesner protestaram em frente ao Fórum de Campo Grande. Eles reivindicam agilidade no processo judicial.