Adepol repudia mensagens contra delegada de caso do PRF que matou empresário
‘Investigação policial abrangerá todas as versões’
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‘Investigação policial abrangerá todas as versões’
A Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul) emitiu uma nota de repúdio contra postagens ofensivas nas redes sociais em relação a delegada Daniella Kades, responsável pelo caso do assassinato do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, cometido pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 46 anos.
Em entrevistas, a delegada disse que irá trabalhar com todas as hipóteses e não descarta legítima defesa por parte do policial. Ela também chegou a comentar que irá investigar quem foi o responsável que teria dado bebida alcoólica ao menor, de 17 anos, que estava na caminhonete com o pai e o empresário.
Leia a nota:
A ADEPOL/MS – Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul vem repudiar veementemente as postagens em mídia que desqualificam o recém iniciado trabalho da Delegada de Polícia Daniella Kades, na instauração de investigação policial dos fatos que culminaram com a morte de Adriano Correia do Nascimento e ferimentos em outras duas pessoas.
Procurada por diversos jornalistas, em razão da comoção que o caso originou, a Delegada Daniella explicou de forma bastante clara que a investigação policial abrangerá todas as versões e hipóteses existentes, buscando apurar a verossimilhança e verdade em cada uma delas, com plena autonomia e independência, trazendo ao inquérito policial a dinâmica dos fatos e a verdade real. Em momento algum afirmou a Delegada de Polícia Daniella Kades, como profissional que é, neste início de apuração, que os fatos ocorreram em legítima defesa.
A investigação policial, por força constitucional, é atribuição da Polícia Civil sendo conduzida por Delegado de Polícia sob o manto da imparcialidade que, por obrigação funcional, analisa as versões e possibilidades fáticas aventadas, e não somente uma ou outra versão, ao sabor da opinião de quem quer que seja, prestando-se dessa forma para a absolvição de inocentes ou condenação dos culpados.
Algumas pessoas desprovidas de sensibilidade e embasadas unicamente em seu próprio julgamento dos fatos obtido na tela de seu computador, atacam de forma grosseira e gratuita a honra da Delegada de Polícia Daniela Kades. Foram mais longe: atacaram o Concurso Público de Provas e Títulos para ingresso na carreira de Delegado de Polícia de Mato Grosso do Sul, aviltando assim coletivamente a honra de todos os membros da classe.
A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul vem a público externar o mais irrestrito apoio à Delegada de Policia Daniella Kades e a todos os membros da carreira que tiveram sua honra aviltada pelas palavras e expressões ofensivas publicadas, lembrando que o Delegado de Polícia é o primeiro garantidor dos direitos do cidadão e da dignidade da pessoa humana.
De outro norte, a ADEPOL-MS manifesta seu total e absoluto apoio às liberdades de imprensa e de expressão garantidas pela Constituição Federal, desde que respeitadas as hipóteses legais de sigilo, os limites éticos e morais e os próprios profissionais responsáveis pelas investigações, opondo-se unicamente aos abusos e excessos cometidos, como no caso presente.
Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul
Assassinato
Adriano dirigia uma Hilux no dia 31 de dezembro, e teria ‘fechado’ a Pajero conduzida pelo policial. A briga aconteceu na Avenida Ernesto Geisel, quase no cruzamento com a Avenida Afonso Pena e se estendeu até as proximidades do Horto Florestal, na Ernesto Geisel. “Vamos chamar a Polícia de Trânsito para resolver isso”, teria dito o ocupante da Hilux, segundo uma testemunha.
De acordo com testemunhas, o motorista da Hilux tentou ir embora e o policial teria atirado várias vezes, ainda de dentro do carro, atingindo o motorista no pescoço e o adolescente nas pernas. Após ser atingido pelos tiros, Adriano perdeu o controle da camionete, que atingiu um poste. Com o impacto, o poste chegou a cair em cima do veículo.
Segundo populares, o tio do motorista chegou a ser arremessado do veículo após o acidente e sofreu ferimentos no braço. Ele foi levado com o filho para a Santa Casa de Campo Grande. Equipes do Corpo de Bombeiros, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Militar, Polícia Militar de Trânsito e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Polícia Civil, Perícia e também funerária estiveram no local. O policial foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.
Os detalhes do caso ainda são investigados pela polícia, que não confirmou nenhuma das versões.
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