Audiência está marcada para a tarde desta segunda (30)

A defesa dos acusados pela morte de Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, em fevereiro deste ano solicitou à Justiça escolta policial a Thiago Giovani de Marco Sena, de 20 anos, e Willian Henrique Larrea de 30 anos com o argumento de que os dois estariam sofrendo ameaças.

O pedido foi feito no último dia 20 de outubro e no dia 24 o juiz Carlos Alberto Garcete aceitou o pedido ordenando escolta policial na entrada do fórum e saída durante a audiência que acontece nesta segunda-feira (30), às 15h30.

Na primeira audiência sobre o caso, que teve duração de três horas, 12 pessoas prestaram depoimento e outras quatro testemunhas arroladas pelo Ministério Público faltaram.

Durante a audiência, o médico legista desmentiu a versão dada pelos acusados da morte afirmando que a mangueira de compressor teria sido introduzida no anus do adolescente.Acusados no Caso Wesner ganham escolta após supostas ameaças

Relembre o caso

Wesner deu entrada na Santa Casa de Campo Grande no dia 3 de fevereiro em estado grave, após ter sido agredido com uma mangueira de compressor por seu patrão e um funcionário do lava-jato onde trabalhava.

Ele precisou passar por uma cirurgia que retirou 20 centímetros do intestino. Depois disso, chegou a apresentar melhora no quadro de saúde, mas voltou a ter hemorragia e foi levado para a CTI (Centro de Tratamento Intensivo) novamente. No dia 14 de fevereiro ele não resistiu e morreu.

Logo após sua morte, a polícia pediu a prisão preventiva dos dois envolvidos, o que foi negado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Campo Grande. Ele alegou que o delegado Paulo Sérgio Lauretto não trouxe “fundamentação quanto à concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos”.

No dia 3 de março, com faixas e cartazes pedindo justiça, cerca de 30 pessoas entre familiares e amigos de Wesner protestaram em frente ao Fórum de Campo Grande. Eles reivindicam agilidade no processo judicial.