Passou oito dias internado

​Velório de Luiz Paulo Costa Gaeta de 56 anos foi marcado nesta quarta-feira (7) por brigas e discussões entre a esposa e os irmãos de Gaeta, que desconfiam que a cunhada possa estar envolvida e mentindo sobre o tiro ‘acidental’, que acabou matando Luiz Paulo.

O irmão de Luiz, Pedro Gaeta, disse ao Jornal Midiamax que há indícios de que o boletim de ocorrência não condiz com o que ocorreu no local, e testemunhas teriam afirmado ouvirem vários disparos e apenas um foi relato na ocorrência. 

“É muito estranho ela (cunhada) não ter prestado queixa imediatamente, ter proibido a nossa entrada e a do enteado na Santa Casa, quando meu irmão estava internado”, diz Pedro. A desconfiança da família é de que a esposa de Luiz Gaeta teria combinado o depoimento com a policial militar, dona da pistola, de onde saiu o disparo que atingiu Luiz.

Ainda de acordo com ele, Pedro, ao procurar a 3º Delegacia de Polícia Civil da cidade, que investiga o caso, foi informado pelo delegado que cuida do caso que a policial militar e seu marido já teriam prestado depoimento nesta terça-feira (6), mas não deu detalhes do depoimento do casal.

Luiz Gaeta passou oito dias internado no hospital em estado grave após de ser atingido por um tiro ‘acidental’ no abdômen, versão que é contestada pela família que não acredita em acidente para o crime.Acusações marcam velório de filho de ex-deputado morto com arma de PM

O tiro ‘acidental’

O comerciante foi ferido a tiros no dia 27 de maio durante uma festa que era promovida em sua residência, no Bairro Novos Estados. Segundo o que foi relato no boletim de ocorrência, um casal amigo de Gaeta, sendo a mulher uma policial militar, teriam ido até a festa na casa da vítima.

A arma da policial, uma pistola, estaria guardada no carro momento em que Luiz Gaeta e o marido da militar foram até o veículo. Em seguida houve o disparo e de acordo com informações a arma teria disparado ‘acidentalmente’ quando o homem mostrava a pistola para a vítima.

Durante o disparo, o projétil teria atingido a mão do marido da policial, ricocheteado e atingido o abdômen de Gaeta, que foi socorrido por familiares e levado para a Santa Casa de Campo Grande.

Desconfiança

A família desconfia da versão dada pela policial e seu marido de que o tiro tenha sido ‘acidental’, já que segundo informações médicas repassadas aos familiares é de que o projétil atingiu a vítima de cima para baixo, a partir do ombro, não direto na barriga. Isso fez com que os irmãos reforçassem a suspeita de que o projétil teria ricocheteado e atingido a barriga de Gaeta. O caso é investigado pela 3º Delegacia de Polícia Civil da cidade.