Estava escondido na casa da mãe

G.S.O.,  de 18 anos, apontado pela polícia como terceiro envolvido nas torturas contra o menino de 4 anos chegou a no início da noite desta quarta-feira (24). Giovani estava escondido na casa da mãe em Aquidauana, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande.

A prisão foi feita por policiais do NIC (Núcleo de Inteligência, Investigações e Capturas) de Aquidauana e o Sig (Setor de Investigações Gerais) de Campo Grande. Giovani entrou em contradição nos depoimento à polícia colhido inicialmente em Aquidauana.

De início ele teria dito que não participou das torturas, porém, depois ele assumiu que participou ao menos sete vezes das sessões de violência.

O jovem conta que não se lembra exatamente do que ocorria pois estava “incorporado” durante os supostos rituais de magia negra. Ele argumentou que morava em Aquidauana desde começo de fevereiro e desde então não retornou mais para a Capital.

Segundo o jovem, o que ele lembra era que o menino era amarrado e os tios “apenas” o batiam com uma bengala. De acordo com a polícia, ele quis dizer que quando participou dos supostos rituais, as agressões eram mais brandas e por isso entrou de “gaiato” na história.

O rapaz também contou que servia cerveja ou vinho e acendia charutos para os tios nas sessões macabras. G.S.O., que agora está preso preventivamente também disse que nunca denunciou as agressões pois morava de favor na casa dos tios na Capital.

De acordo com o delegado Cleverson Alves dos Santos, os exames do Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) apontam que a criança tem hematomas recentes e de aproximadamente 10 meses. A polícia também irá investigar a possível participação da avó paterna nas torturas e se existe a possibilidade de outras crianças terem sidas torturadas.