Terceira prisão dele em menos de um ano

A grande quantidade de objetos, cédulas e drogas encontradas na casa de Kleber Elias Pereira Santos, de 30 anos, chamou atenção de policiais da DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). Fingindo-se de missionário, na sexta-feira (14) ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas na Vila Palmira, em Campo Grande.

Os policiais chegaram ao Kleber depois de denúncias anônimas que uma casa seria ponto de drogas e o morador estaria recebendo objetos. Durante investigações, a equipe chegou a casa que fica em um residencial.

Assim que abordado, Kleber se identificou como missionário evangélico. Policiais conversaram, e ele acabou confessando que dentro da casa tinha uma porção de drogas para uso pessoal. Ele disse que ia buscar as drogas para entregar. A equipe entrou com ele na casa, e logo na entrada da casa viu uma grande quantidade de dinheiro espalhada pelo chão. A droga estava em uma mesa, que era usada para o preparo e divisão da pasta base de cocaína.

Na casa ainda chamou atenção a grande quantidade de objetos, várias óculos, perfumes, televisões, videogames, entre outros objetos. As cédulas somaram R$ 1.105 e 71,3 gramas de pasta base.

Kleber confessou ao delegado responsável pelo caso, Reginaldo Salomão, que era traficante e vendia a droga a noite. “Ele deixava o portão aberto, a pessoa entrava, comprava, pagava e ia embora”, afirma.

O rapaz foi preso pela 1ª vez em 10 de junho, por furto, e liberado na audiência de custódia no dia 13. No dia 19 do mesmo mês, ele foi preso por tráfico, e liberado no dia 23.

Ele falou que foi preso nessas vezes acusados injustamente, e que “desta vez sim” resolveu traficar. Ele confessou que comprou quatro caixas da droga, e o que a Polícia encontrou na residência era a sobra da compra.

“Quando o juiz libera em audiência de custódia ele pede condições, entre elas, um emprego. Na casa do Kleber, a Polícia encontrou uma petição falando que ele tinha perdido a carteira de trabalho, e por isso ele não teria como trabalhar. Mas, o documento foi encontrado na casa pelos policiais. A Polícia acredita que essa petição era um meio de burlar as condições impostas pelo juiz.

À equipe de reportagem do Jornal Midiamax, Kleber falou que os todos os eram deles, e que a droga não era dele. “Alguém se fez de amigo e colocou na minha casa para me incriminar”, diz. Ele comentou ainda que vai tentar comprovar a inocência dele.

 Luiz Alberto

 

Kleber já passou por audiência e está com prisão preventiva decretada. As vitimas que reconhecerem os objetos apreendidos devem entrar em contato com a DERF, pelo telefone 3368-6600, para agendar horário e ir buscar os produtos. É preciso levar comprovante/cupom fiscal e boletim de ocorrência que o objeto foi furtado.