Santa Casa abre sindicância para investigar caso de bebê que morreu na barriga da mãe

O bebê morreu dia 28 de janeiro 

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O bebê morreu dia 28 de janeiro 

A Santa Casa de Campo Grande abriu na última sexta-feira (5) uma sindicância para investigar as causas da morte de um bebê no dia 28 de janeiro deste ano. A principal suspeita da família é que a criança tenha morrido por causa da demora na realização do parto. O comerciante Breno Sampaio Lopes, pai da criança, conta que foi informado sobre o início da investigação durante uma reunião na sexta-feira com o presidente da Santa, Esacheu Nascimento. 

Breno conta que durante a reunião pode contar a sua versão dos fatos e sanar as principais dúvidas que ainda tinha sobre o que ocorreu no dia da morte do bebê. “A conversa foi muito boa, eles ouviram tudo que eu tinha para falar e deixaram bem claro que queriam que eu desabafasse”, conta o comerciante.

Descrevendo a conversa como “boa e produtiva”, Breno conta ainda que muita coisa foi esclarecida. “Eles me esclarecem muita coisa. Por exemplo sobre a quantidade de dias que minha esposa ficou internada antes do bebê nascer, eles disseram que isso é normal. Durante os seis dias estava tudo tranquilo, o corpo clínico disse que estava tudo na normalidade”, explica.

Por acreditar que não houve nenhum tipo de negligência durante aos seis dias, a sindicância vai apurar apenas o que aconteceu durante as oito horas de trabalho de parto. “Eles vão investigar o que aconteceu da meia noite, que foi quando minha esposa começou a sentir dor até as 8 horas, que foi quando ela foi levada para o centro cirúrgico”, destaca.

De acordo com a assessoria de comunicação da Santa Casa de Campo Grande, não será possível definir um prazo para a conclusão da sindicância porque ela depende do resultado de alguns exames. “É precioso esperar todos os resultados de exames e fechar o prontuário para concluir a investigação. Isso pode acabar hoje ou amanhã, ou demorar até 20 dias”, explica.

 

O caso

Conforme registros do Hospital, Tereza Lescano Ramos, de 31 anos deu entrada no Pronto Socorro da Santa Casa na noite de quinta-feira (21). Nos primeiros minutos da madrugada da sexta-feira (22), ela foi internada. O marido diz que a mulher estava com contrações e a bolsa já havia estourado, anunciando a vinda do bebê.

O comerciante, Breno Sampaio Lopes, de 30 anos, esposo de Tereza diz que os médicos chegaram a introduzir 18 comprimidos para acelerar a dilatação, que pela avaliação médica era insuficiente.

Depois de muito esperar, na manhã do dia 28, por volta das 8h40 Tereza foi levada para a sala de parto, no entanto, ao ver o bebê pálido, perguntou sobre o estado de saúde do filho e foi informada de que o menino estava morto.

A assessoria de comunicação da Santa Casa afirmou que o caso foi levado ao conhecimento da diretoria técnica do hospital que vai analisar o relatório registrado no SAC, além, do prontuário da paciente.

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