O homem havia sido preso em setembro por violência doméstica

José Reinaldo Martins Lemes, de 30 anos, suspeito de matar a empresária Sara Zarate, de 52 anos, tinha histórico de violência doméstica e já havia sido preso por agredir a vítima em setembro de 2015. O homem foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira (15) enquanto lavava uma blusa suja de sangue.

O casal, segundo a família, estava junto a cerca de um ano e durante esse período José já havia agredido Sara algumas vezes. Em setembro do ano passado, o suspeito novamente bateu na mulher e chegou a ser preso em flagrante. Na data a empresária e testemunhas do crime denunciaram o homem para a polícia, mas logo em seguida e vítima tentou retirar a queixa.

O delegado responsável pela prisão não aceitou o pedido da mulher, mas José foi liberado depois de pagar fiança. De acordo com a delegada Jennifer Estevam de Araújo, titular da Delegacia de Polícia Civil de Bonito, a 260 quilômetros de Campo Grande, além das agressões a empresária, o suspeito possui passagens por violência cometida contra outras mulheres.

O corpo da empresária foi encontrado no início desta manhã quando o filho dela chegou em casa e se deparou com a mãe morta nos fundos do restaurante Cantinho do Peixe no qual era dona. No local, a equipe policial levantou que José era a última pessoa que havia visto a mulher viva.

O autor acabou preso na manhã desta segunda-feira (15) no momento em que estendia uma camiseta recém lavada no varal. Conforme a delegada, José usava a mesma roupa na hora do crime e estava tentando se livrar das provas quando foi flagrando pelos polícias, ainda assim, a bermuda que estava vestindo ainda continha manchas de sangue.

Na delegacia, José contou que estava bebendo com a mulher no restaurante quando começaram uma discussão. Nervoso ele foi até a cozinha pegou uma faca e golpeou Sara. “Ele desferiu com golpe no pescoço dela e depois cravou a faca no peito dela”, detalhou a delegada.

Agora, José será indiciado por feminicídio, violência doméstica e familiar e se condenado pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.