Polícia ‘derruba’ bando que usava tecnologia para arrombar caixas

Dois suspeitos ainda estão foragidos

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Dois suspeitos ainda estão foragidos

Dois foram presos por equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestro) por envolvimento com o furto de uma agência bancária localizada na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Os suspeitos participavam de uma quadrilha especializada neste tipo de crime e usavam vários equipamentos para arrombar caixas eletrônicos em todo o Brasil. Dois suspeitos ainda estão foragidos. 

Rafael José da Silva, de 24 anos, e Eduardo de Mira, de 25 anos, foram apresentados na tarde desta segunda-feira (29) pelos delegados da especializada, Edílson dos Santos e Fábio Peró. O crime aconteceu no dia 16 de janeiro, quando a quadrilha invadiu a agência e com uma furadeira com serra ‘copo’ arrombou dois caixas eletrônicos da unidade. De um dos terminais, o grupo levou R$ 10.930.

Segundo o delegado Peró, os quatro integrantes da quadrilha são moradores de Joinville, em Santa Catarina, e vieram para Campo Grande só para cometerem o crime. Na manhã do dia escolhido para o furto, o grupo foi até a agência e sem levantar suspeitas, conseguiu trocar a fechadura da porta do local.

Mais tarde, eles voltaram a UFMS, em um veículo Peugeot 307. Dois dos suspeitos entraram na agência, enquanto Rafael e Eduardo permaneceram do lado de fora, como olheiros da ação. Os suspeitos, que agora estão foragidos, usaram a furadeira com o serra copo e fizeram três perfurações em cada nos dois caixas do local, mas só conseguiram levar o dinheiro de uma delas.

O furto só foi descoberto por funcionários na manhã do dia 18 de janeiro, uma segunda-feira. Imediatamente equipes do Garras foram acionadas e iniciaram as investigação com auxilio das câmeras de segurança da universidade.

A polícia descobriu que os suspeitos não eram do estado e com as diligências os investigadores conseguiram imagens do Aeroporto Internacional de Campo Grande em que mostravam dois dos suspeitos voltando para Joinville. “Para dificultar o trabalho de investigação, dois suspeitos foram de avião e os outros dois de carro, para levar os equipamentos”, explicou Peró.

Em Campo Grande o grupo chegou a alugar um apartamento. As proprietárias também foram presas, mas foram liberadas depois de alegarem que não sabiam do crime e que já haviam alugado o imóvel para os mesmos homens outra vez.

Uma equipe do Garras viajou para Santa Catarina e lá localizaram Rafael com o mesmo carro usado no dia do crime. Os policiais também chegaram a Eduardo, que estava com a prisão temporária já decretada, e realizaram buscas na casa de um terceiro envolvido, que não teve a identidade revelada. No local, os policiais encontraram vários equipamentos utilizados para o mesmo tipo de crime, além de munições de uso restrito, que pertenciam ao pai o suspeito e foi preso em flagrante.

Ainda de acordo com o delegado, a suspeita é que os suspeitos foragidos já tenham trabalhado em indústrias de caixas eletrônicos em Santa Catarina, já que eles sabiam exatamente onde e como arrombar as máquinas. Com as ferramentas apreendidas a polícia descobriu ainda que a quadrilha agia de outras formas e realizavam furtos em vários estados.

Segundo o delegado, a quadrilha escolhia locais ermos e afastados, como órgãos públicos, para cometer os crimes. Geralmente furtavam caixas do Sandanter, Bando do Brasil e Bradesco, e usavam solda de oxigênio, explosivo ou o serra ‘copo’, dependendo da maneira que o cofre era aberto.

Agora o Garras investiga o envolvimento da quadrilha com outros três crimes parecidos no Estado que aconteceram em Dourados, Jaraguari e Taquarussu, onde um segurança chegou a ser feito refém durante a ação.

Além da quadrilha já identificada, a delegacia investiga outros grupos, que segundo delegado Edílson são de estados como o Mato Grosso, Goiás e Paraná. Rafael e Eduardo já possuíam passagem por furto, tráfico de drogas e receptação e agora responderão por furto qualificado e associação criminosa. Se condenados pode pegar até 11 anos de prisão.

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