Gaeco diz que não tentou esconder prisão de procurador por estupro de meninos
Prisão feita pelo Gaeco teria gerado mal estar com Policia Civil
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Prisão feita pelo Gaeco teria gerado mal estar com Policia Civil
O mandado de prisão pelo crime de estupro contra o procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla, estava aberto há dois meses, desde o último mês de abril, o que levou o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) a cumprir a detenção, e não a Policia Civil, que já investigava o suspeito.
“Esse mandado de prisão existe há mais de dois meses e a Policia Civil não cumpriu. Nós fizemos tudo o que é absolutamente praxe (na prisão de Zeolla)”, afirmou ao Jornal Midiamax a coordenadora do Gaeco, a promotora de justiça Cristiane Mourão. Segunda ela, o juiz da 7ª Vara Criminal da Capital expediu o mandado de prisão acatando posicionamento do próprio Ministério Público.
O delegado responsável pelo caso na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Mário Donizete Ferraz de Queiroz, revelou que a policia não havia sido comunicada do pedido de prisão expedido pela Justiça.
A promotora explica que Zeolla foi preso em casa, na manhã da última sexta-feira (24), onde não ofereceu nenhuma resistência e o primeiro lugar para onde foi levado foi a Delegacia de Polícia mais próxima de sua casa. “Se a gente queria esconder (a prisão) como a gente leva primeiro para delegacia?”, questiona Cristiane.
Em seguida, pontua a chefe do Gaeco, para não sobrecarregar as celas das delegacias, solicitou uma vaga no Centro de Triagem para o procurador aposentado, por entender que agente de policial civil não tem que ficar cuidando de preso. Antes de ser levado ao presídio, Zeolla ainda passou pelo Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para fazer exame de corpo de delito.
Membros da Policia Civil apontaram que o suspeito deveria ter sido levado primeiro à Depca, para ser interrogado, já que nesta unidade havia um inquérito investigando o caso.
“Não havia nenhuma recomendação na ordem judicial que (Zeolla) teria que ser recolhido lá (Depca). Não tínhamos conhecimento se o inquérito policial havia sido concluído, porque, voltamos a falar, estava em aberto há dois meses”, explica a promotora, que comunicou a Polícia Civil da prisão logo após a detenção de Zeolla.
Cristiane também negou que a condução do preso direto para o presídio tenha sido feita na intenção de proteger o procurador, uma vez que o próprio mandado de prisão é fruto do pedido do Ministério Público.
“Um membro do Ministério Público que comete crime, seja aposentado ou não, trai a sociedade duas vezes. Primeiro pelo crime cometido e por ter a consciência e o dever de proteger a sociedade, e não o fez”, disse.
Para ser ouvido no inquérito, a Policia Civil terá que solicitar à Justiça a saída de Zeolla do Centro de Triagem para interrogatória. Para a coordenadora do Gaeco, isto é prática comum que em nada vai atrapalhar a condução das investigações.
Cristiane Mourão também cobra da Justiça uma punição mais severa a Zeolla, pelo fato dele ser integrante do Ministério do Público. “Agravante na fixação e no regime da pena”, finaliza.
O Caso
A partir de uma briga entre mãe e filho a Polícia Civil descobriu que o procurador da justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla abusava sexualmente de três meninos, de 13, 11 e 10 anos, todos moradores do Loteamento Nova Serrana. O caso chegou à delegacia depois que a vítima mais velha discutiu com a mãe por causa de uma viagem para a Alemanha, prometida pelo suspeito.
O caso foi encaminhado para a Depca e a delegada Daniella Kades assumiu as investigações. Através de imagens do carro e do número de celular do suspeito os investigadores chegaram ao procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla e ainda localizaram mais duas vítimas, os meninos de 11 e 10 anos.
Zeolla já havia sido condenado a 8 anos de prisão em regime semiaberto em junho de 2011, pelo homicídio do sobrinho Cláudio Zeolla. O crime ocorreu em 2009 e a vítima tinha 24 anos. Cláudio teria empurrado o avô, Américo Zeolla, ex-combatente de guerra, morto no ano seguinte, em abril de 2010 durante uma discussão sobre o uso de um ventilador.
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