Dona de bar permanece presa por falso testemunho sobre assassinato
Prisão aconteceu durante depoimento
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Prisão aconteceu durante depoimento
A proprietária do bar localizado no Jardim Colibri onde Edimar Barros Da Silva, de 42 anos, foi assassinado na manhã de sábado (30) foi presa em flagrante por falso testemunho e na manhã desta segunda-feira (2) passou por audiência de custódia. O flagrante foi homologado pelo juiz e Cláudia Alves Machado da Silva foi encaminhada para o presídio feminino da Capital.
Segundo o delegado Hoffman D’Ávila, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, Cláudia foi autuada e presa por falso testemunho e falsa perícia durante seu depoimento na manhã do assassinato. “Ela estava negando e fazendo afirmações falsas do caso”, explica o delegado.
O delegado conta que já no local do crime fez alguns levantamentos sobre a vítima e o autor e viu a necessidade de levar a proprietária do estabelecimento e mais duas testemunhas para prestar esclarecimentos na delegacia. “Na delegacia fiz uma acareação das testemunhas e conclui que ela estava faltando com a verdade a respeito dos fatos”, conta o delegado.
Durante seu depoimento, Cláudia teria dito à polícia que não conhecia a vítima, tampouco o autor, mas segundo apurado pelo delegado Hoffman a dona do bar não só conhecia, como momentos antes do assassinato jogava sinuca com os dois. “Momentos antes ela jogava sinuca com autor e vítima, os chamava pelo nome e até dançou com o autor”, explica o delegado.
Além disso Cláudia teria declarado que o primeiro disparo efetuado teria partido de fora do estabelecimento. “Ela mentiu, porque o primeiro disparo partiu de dentro para fora. Ele [autor] estava dentro do bar e ela estava do lado dele. El viu toda ação. Tanto que na hora de dar o primeiro disparo ele teria falado “Cacau, a bronca não é com você” e disparou”, ressalta do delegado. A vítima, ainda de acordo com o delegado, foi executada com cerca de 11 disparos de uma pistola 380.
O delegado Hoffman apurou ainda que a proprietária do bar não costumava abrir o estabelecimento pela manhã, somente no período da noite, e teria aberto no sábado a pedido do autor do crime. Ele, que foi identificado, mas ainda não foi localizado, gastava inclusive no bar o dinheiro que havia acabado de roubar.
“Ela sabia de várias informações e ficou negando”, diz o delegado. Investigações também chegaram à informação que o marido de Cláudia se encontra preso por roubo na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande.
Prisão e audiência de custódia
O delegado Hoffman D’Ávila explica que desde a data do crime Cláudia se encontrava presa na Depac Piratininga e na manhã desta segunda-feira, após passar por audiência de custódia, a prisão em flagrante por falso testemunho e falsa perícia foi homologada pelo juiz e a dona do bar foi encaminhada para o presídio feminino da Capital.
A princípio, segundo o delegado, havia sido arbitrada fiança de R$ 4.400, valor que foi reduzido pelo juiz e a nova fiança arbitrada é de R$ 2 mil.
Relembre o crime
A polícia identificou como sendo Edimar Barros Da Silva, de 42 anos, o homem assassinado com vários tiros na manhã deste sábado (30), dentro de um bar localizado na Rua Grace Kelly, no Jardim Colibri, região sul de Campo Grande. Ele foi atingido por mais de dez tiros.
De acordo com o registro policial, a polícia foi acionada e ao chegar no local encontrou a vítima já sem vida com várias perfurações de arma de fogo. Edimar foi atingido por dois tiros no abdômen, seis tiros na cabeça, mais precisamente na região temporal próxima ao ouvido e no ouvido do lado direito, e um tiro no braço esquerdo. No local do crime os policiais encontraram 12 cápsulas deflagradas e dois projeteis.
De acordo com o sargento Salinas, da Polícia Militar, a equipe foi acionada por volta das 7h50 e quando chegou no local o Corpo de Bombeiros já havia atestado o óbito. A proprietária do bar, que preferiu não se identificar, relatou à polícia que o homem chegou assim que ela abriu o bar nesta manhã.
Ela teria dito à polícia que assim que ouviu os primeiros disparos teria se escondido atrás do balcão e logo depois ouviu os outros. O motivo do crime ainda é desconhecido, mas segundo uma testemunha um jogo de sinuca teria gerado desavença entre vítima de autor. Até o momento o autor dos disparos não foi encontrado.
O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.
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