Eles atearam fogo no homem

Ragner Marques da Silva, de 18 anos, um dos suspeitos de atear fogo em Moisés Palmeira da Silva, de 30 anos, no dia 15, se apresentou à polícia. Moisés é suspeito de cometer vários furtos quebrando vitrines de blindex em Paranaíba, cidade a 407 quilômetros de Campo Grande, e teve o corpo incendiado por um grupo de cinco jovens.

De acordo com Ragner, que estava com mandado de prisão em aberto e já foi encaminhado para o presídio, ele não participou diretamente do crime. Ele disse ao delegado Wallace Martins Borges, responsável pelo caso, que apenas dirigia o carro onde estavam quatro adolescentes. Os jovens teriam espancado e ateado fogo em Moisés enquanto o motorista aguardava no veículo.

O suspeito, que foi preso, ainda disse que estava muito bêbado e não se lembrava do fato. “Ele nega que tenha ateado fogo ou tido uma participação maior no evento, afirma apenas que sua participação se deu enquanto motorista, tendo levado, aguardado e dado fuga aos menores e que sua participação seria somente essa. Todavia responderá pelo crime porque é partícipe ou coautor desse caso já elucidado. Segundo ele, estava no local, mas não presenciou, estava alcoolizado e não consegue se recordar”, disse o delegado.

Motivação do crime

Conforme o site O Interativo, os adolescentes envolvidos no crime também foram ouvidos, com exceção de um que já afirmou que vai comparecer à delegacia para prestar depoimento. Conforme o delegado, todos disseram ser traficantes. Um deles já teria sido agredido por Moisés, enquanto outros dois já teriam sido ameaçados pelo homem.Adolescentes se arrependem por não conseguirem matar 'ladrão do blindex'

“Três deles foram ouvidos, informam que um teria sido agredido e outros dois já estariam ameaçados. Eles informaram que são traficantes no bairro e temiam que quando Moisés fosse preso, pudesse entregar os pontos de venda de drogas, por esses argumentos optaram por dar um fim a Moisés”, concluiu Wallace.

Os adolescentes ainda chegaram a dizer ao delegado que estavam arrependidos por não terem conseguido matar Moisés. O caso segue em investigação pela Polícia Civil e é tratado como tentativa de homicídio.