Juiz não aceitou alegação

Na manhã desta quarta-feira (1º), ocorre o julgamento de Ney Calixto Ribeiro, de 41 anos, acusado de matar a ex-mulher Sirlei Machado Ferreira em maio de 2013. A vítima, na época com 30 anos, foi morta a tiro e Ney foi detido apenas em fevereiro do ano seguinte, mas aguardava o julgamento em liberdade.

O júri é formado por três homens e quatro mulheres e participam do julgamento o juiz Aloísio Pereira dos Santos, da 2ª Vara, o promotor Gerson Eduardo Araújo e o defensor público Ronald Calixto. Ney foi casado com a vítima por 10 anos e ainda morava junto com Sirlei quando ocorreu o crime. No entanto, o casal estava separado havia aproximadamente dois meses.

Em defesa, Ney afirmou que não estava separado da vítima, mas o fato é desmentido por testemunhas. A defesa do acusado tentou alegar que, no dia do crime, a vítima o teria ‘provocado’ quando eles se encontraram na rua e que ele teria agido sob ‘violenta emoção’. Mas a tese não comoveu o juiz, que não alterou as qualificadoras do homicídio.

Ney é julgado por homicídio doloso, quando há intenção, qualificado por motivo torpe com recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele também responde por porte ilegal de arma de fogo e a defesa chegou a dizer que ele só tinha a arma por ser caminhoneiro e que já teria sofrido tentativas de assalto, portanto usava a arma para se defender, mas ele ainda responderá pelo crime.

Relembre o caso

Sirlei foi assassinada com um tiro na noite do dia 25 de maio de 2013, quando descia de uma caminhonete. Ney teria chegado em uma motocicleta Honda Biz e atirou na ex-companheira. O disparo de calibre 38 atingiu as costas da vítima, saiu pelo peito e também pegou na lataria do veículo. Sirlei morreu no local.

Uma amiga relatou à polícia na época que as duas foram convidadas por um amigo para uma festa e haviam acabado de chegar. A amiga disse que já estava dentro de casa quando ouviu o disparo. Ela contou ainda que os dois foram casados por 10 anos, tinham um filho em comum e que Ney não era violento, mas não aceitava o fim do relacionamento.

A motocicleta usada no crime era da vítima, segundo apurado pela polícia, e foi encontrada abandonada na Avenida Manoel da Costa Lima. O Ministério Público descreveu que o acusado utilizou de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois efetuou o disparo de maneira repentina, quando ela se aproximava do réu com o intuito de conversar, impossibilitando qualquer forma de defesa.