Fato aconteceu no fim de semana e teria sido provocado por problemas familiares

O suicídio de mais um policial militar, lotado no Comando Geral em , no último fim de semana, preocupa as entidades que representam a categoria. Segundo levantamento preliminar da Associação de Cabos e Soldados da PM e Bombeiros, este foi o terceiro caso registrado somente neste ano.

De acordo com o presidente da entidade, Edmar Soares da Silva, o último episódio tem ligações à situação familiar, sem ligação com o fato da vítima ser militar. Mesmo assim, a situação é preocupante. “Ele era da última turma, portanto estava começando a carreira agora. Desta forma não teve tempo de se envolver com problemas mais graves da profissão. Podemos concluir que se tratou de um caso estritamente familiar e não ligado à corporação”, explica.

Teoricamente, o processo de seleção pelo qual passam os candidatos durante os concursos público para ingresso na PM deveriam ‘filtrar' pessoas com propensão a problemas psicológicos. Edmar afirmou que os policiais militares contam com acompanhamento psicológico, mas apenas quando é constatada a necessidade. Ele acredita que isto deveria acontecer  com maior frequência.

“Quando fosse convocada uma formatura por qualquer motivo, seria interessante que estivessem presentes alguns psicólogos para ministrar palestras. Com isto, acredito que quem estivesse passando por algum problema ficaria com maior disposição para conversar com este profissionais e então  seria evitado o fim trágico”, afirmou o presidente.

Edmar disse ainda que quando algum problema psicológico é constatado, o policial é internado para o tratamento. “Agora mesmo estou saindo do sindicato para visitar um filiado nosso, que está internado em uma clínica psicológica. Este profissional é mais antigo e certamente alguma coisa ligada às suas funções o teria afetado. Vamos acompanhar com muito cuidado este caso”, concluiu Edmar.