Responsável por clínica interditada por ‘imundice’ já havia sido notificado
Ele pode pegar até dez anos de prisão
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Ele pode pegar até dez anos de prisão
Roberto Softov, responsável da Comunidade Terapêutica Abraçando Vidas, foi preso em flagrante na tarde quarta-feira (22) e pode pegar mais dez anos de prisão. Ele foi detido na clínica, localizada no Assentamento Vale do Taquari, em Coxim, 253 quilômetros distante da Capital.
Já por volta das 19 horas, os delegados responsáveis pela ação, Silvia Girardi Menck e Gustavo Mussi, concluíram o registro do flagrante. Segundo informou o site Edição de Notícias, Roberto será indiciado por vários crimes, cujas penas chegam a dez anos de prisão, se somadas.
De acordo com os delegados, Softov responderá por vender, ter em depósito para vender ou expor a venda de mercadoria imprópria para consumo, assim como nociva à saúde. Isso porque na padaria da clínica foram encontrados pães e panetones nesta situação.
Ele também vai responder por reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão de um idoso, crime previsto no artigo 104 do Estatuto do Idoso.
Ao final do flagrante, os delegados ouviram Softov, que estava acompanhado de dois advogados e não quis prestar esclarecimentos. Desta forma, ele ficou ciente das acusações. Em seguida, o preso foi encaminhado ao Estabelecimento Penal Masculino de Coxim.
O caso
Softov é responsável pela clínica interditada durante a manhã de quarta-feira numa operação da Polícia Civil, que contou com apoio da Vigilância Sanitária. Muita sujeira foi encontrada no local.
Alimentos vencidos, misturados com produtos para a venda e todo tipo de lixo compunham o cenário. Conforme a Vigilância Sanitária, a comunidade terapêutica não estava com a documentação em dia. O alvará de funcionamento para 2015 não tinha sido providenciado.
Há menos de 15 dias o local passou por fiscalização, o administrador foi notificado e recebeu auto de infração. Também foram apreendidos medicamentos vencidos. Vestígios do uso de entorpecentes foram encontrados em diversos locais da comunidade terapêutica, assim como uma porção de maconha e cigarro contrabandeado.
A operação da Polícia Civil contou com aval da Justiça, que concedeu mandado de busca e apreensão por meio da juíza criminal de Coxim, Tatiana Dias de Oliveira Said. No momento da operação 23 internos estavam na clínica. Todos foram ouvidos e liberados.
A polícia contou com a ajuda da Secretaria de Assistência Social, que localizou familiares dos internos. Oito são de Coxim e foram devolvidos para suas famílias e os outros foram levados para a Casa Abrigo. Os que moram fora de Coxim vão receber passagens para voltarem aos seus lares, assim que a secretaria fizer contato com as famílias.
(*) Matéria alterada às 14h52 para correção. De acordo com a assessoria do CRA/MS (Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul), para que uma pessoa seja ‘administradora’ não basta o diploma de bacharel no curso de administração, mas estar inscrito com o Conselho.
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