Polícia diz ter “pista forte” sobre execução de Goldoni, mas mantém sigilo

Familiares e suspeitos serão ouvidos na sequência

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Familiares e suspeitos serão ouvidos na sequência

O delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, Patrick Linares da Costa, responsável pela investigação do crime de pistolagem que matou o ex-deputado e ex-prefeito de Ponta Porã, Oscar Goldoni, afirmou que a polícia de Ponta Porã já tem uma linha de investigação delineada, mas que será mantida em sigilo, por ora, a fim de não atrapalhar as buscas.

“Temos uma pista forte, mas nenhuma informação ou possibilidade estão sendo descartadas. Devido ao crime ser muito recente, ainda não há como pronunciar que caminho a investigação tomará. Logo, qualquer afirmação sobre isso será especulação”, afirmou Patrick Linares ao Jornal Midiamax, por telefone.

De acordo com o delegado, o que se sabe até o momento é que o ex-prefeito de Ponta Porã foi surpreendido com tiros de fuzil disparados por dois pistoleiros enquanto saía de uma agência do Detran na cidade. Mesmo atingido, Goldoni conseguiu correr até seu veículo, uma Toyota Hilux, e reagiu ao ataque com tiros de pistolas 9 mm. O crime ocorreu por volta das 11h40 desta segunda-feira (15).

Não foram encontrados rastros de sangue na cena do crime, mas Linares afirmou que há possibilidade de Goldoni ter atingido um dos atiradores. Portanto, buscas estão sendo feitas buscas em hospitais brasileiros e paraguaios. “A investigação foi iniciada e o inquérito já está sendo instaurado”, afirmou Linares.

O próximo passo da investigação será ouvir familiares, testemunhas e suspeitos em potencial. “Sabemos que a vítima era muito conhecida na cidade, tinha muitos amigos e inimigos. Já temos um caminho a seguir, mas que não pode ser divulgado neste momento”, concluiu o delegado.

Violência na fronteira

Crimes violentos e assassinatos com arma de fogo são comuns em Ponta Porã, cidade do sul do Estado que faz fronteira seca com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Apesar dos índices de violência terem diminuído nos últimos anos, os crimes de pistolagem continuam a ser um pesadelo para a cidade.

“Mas estes crimes de pistolagem são um caso à parte. É fato que acontecem, porém não considero que seja um risco potencial à população, mas às partes envolvidas, aos que mantêm atividades escusas, como envolvimento com tráfico de drogas na fronteira e outras atividades ilícitas”, considera o delegado Patrick Linares da Costa.

Para o investigador, mesmo com a atuação da polícia na região, o que ainda perpetua esse tipo de crime é a dificuldade de capturar os bandidos. “Nós estabelecemos parcerias com a polícia paraguaia e conseguimos êxito em alguns casos, mas a existência de uma fronteira seca é um dos maiores empecilhos, que permite a evasão dos suspeitos”, conclui.

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