Polícia cumpriu 19 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal rebateu declarações do assessor especial do Ministério dos Transportes e ex-deputado federal, (PR), e garantiu haver mandado de busca e apreensão para todos os locais adentrados pelos policiais na manhã desta quinta-feira (9), durante a Operação Lama Asfáltica. A casa do ex-parlamentar foi um dos alvos, tendo em vista que ele era secretário de Obras do Estado na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), período abrangido pela investigação. 

Durante coletiva de imprensa para explicar o caso, o delegado Antônio Carlos Knoll argumentou que “a Polícia Federal não é louca” de entrar em algum imóvel sem amparo de mandado. Giroto disse ao Jornal Midiamax sua casa havia sido arrombada e classificou o episódio como “pura exposição e sacanagem”.

No entanto a polícia contou que, para entrar na residência, foi chamado um chaveiro, sem necessidade de arrombamento. Ainda não foram divulgados os materiais apreendidos em cada lugar, mas sabe-se que entre as apreensões estão euros, dólares, reais, obras de arte, computadores e documentos.

Os crimes também não foram apontados individualmente, mas entre as suspeitas estão corrupção passiva e ativa, associação criminosa, fraude em licitação e peculato. A PF esclareceu, ainda, que a investigação gira em torno de empresas e secretarias, sendo assim o foco não são as pessoas e, por isso, nenhuma prisão preventiva foi decretada.

Giroto contou estar em Brasília com a esposa e a filha e que pediu ao seu advogado para acompanhar a ação da Polícia na sua mansão. “A única coisa que levaram foi um computador da minha esposa. Vou ver com meu advogado como processar a Receita Federal e a Polícia por abuso de poder, porque estão falando da minha vida”.