Indígenas denunciam ataque de pistoleiros a comunidade Guarani-Kaiowá

Tensão por terra entre índios e ruralistas continua em MS

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Tensão por terra entre índios e ruralistas continua em MS

A comunidade Guarani-Kaiowá da terra indígena Potrero Guasu, em Paranhos, a 477 quilômetros de Campo Grande, teria sido atacada na manhã deste sábado (19). A ação foi denunciada pelo coletivo Aty Guasu, que defende os interesses dos povos indígenas.

Segundo a nota divulgada em redes sociais, por volta das 5 horas, um grupo armado, pertencente aos fazendeiros da região, teria atacado a comunidade indígena. Os indígenas falam em feridos e desaparecidos.

A Polícia Militar informou que foi acionada para uma ocorrência. Mas, a informação no quartel local é de que não poderiam ser divulgados detalhes.

Potrero Guasu

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), laudo antropológico produzido pela Funai concluiu que os índios, então estabelecidos na área de Potrero Guasu, foram expulsos a partir de 1938, para dar lugar a projeto de assentamento capitaneado pelo então Estado de Mato Grosso.

As terras eram doadas aos colonos e os índios, expulsos, eram empregados como mão de obra na lavoura. Na década de 1970, eles foram remanejados para a Reserva Pirajuí, também em Paranhos.

A área foi retomada pelos indígenas neste ano, depois da terra, que foi declarada indígena em abril de 2000, mas teve o processo de demarcação suspenso por 15 anos.

Antônio João

Em Antônio João, o conflito entre índios e produtores rurais chegou ao ponto máximo com a morte do indígena Semião, no dia 29 de agosto.

As ocupações na terra indígena começaram na madrugada do dia 22 de agosto, quando um grupo entrou na Fazenda Primavera. Desde então, o clima de insegurança se instalou na cidade, com indígenas acusando produtores rurais de espalharem boatos, para causar pânico e ruralistas afirmando que os índios não têm o direito de ocupar as propriedades rurais.

Os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam apenas duas fazendas para serem retomadas.

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