Gaeco apreende documentos e computadores no ‘QG’ estadual da cultura

Foram expedidos cinco mandados de prisões e catorze de buscas e apreensões

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Foram expedidos cinco mandados de prisões e catorze de buscas e apreensões

Por volta das 10h30 desta quarta-feira (4), equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) terminaram a ação realizada no prédio do Memorial da Cultura, localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, na área central de Campo Grande. De lá foram levadas pastas com diversos documentos e CPUs para averiguação.

A Operação denominada Fantoche ocorre em cinco cidades sul-mato-grossenses, sendo Campo Grande, Bodoquena, Corguinho, Aquidauana e Ivinhema. Foram expedidos pela Justiça cinco mandados de prisão e catorze de busca e apreensão.

De acordo com o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, que acompanhou os trabalhos do Gaeco, a prisão dos supostos envolvidos é de cinco dias, podendo ser prorrogadas. “Há seis meses estamos investigando uma denúncia de um suposto desvio de recurso do FIC (Fundos de Investimnetos Culturais)”, explica.

O promotor ressalta que havia o pedido de recurso público para aplicação em um determinado projeto, no período de 2013 a 2014, porém o montante não era repassado para tal finalidade. “Ainda não sabemos de quanto foi este valor desviado do FIC, para isso vamos continuar as investigações”, ressalta.

Além disso, o promotor responsável pela operação afirmou que empresas particulares também estão sendo investigadas. “Há indícios de que foram feitas notas frias e forjadas, para isso temos um período para concluir esta investigação que começou há seis meses”, enfatiza.

Sindicância

O secretário estadual de Cultura, Turismo e Empreendorismo e diretor-presidente da FCMS (Fundação de Cultural de Mato Grosso do Sul), Athayde Nery, que acompanhou a ação realizada no Memorial da Cultura informou à equipe do Jornal Midiamax que, será aberta uma sindicância para apurar a conduta do servidor de carreira, Reginaldo Pereira Peralta, que era coordenador financeiro do FIC na gestão anterior.

Ele afirma que a assinatura final para que os supostos projetos recebessem a verba era feita pelo ex-coordenador financeiro do FIC. “Ele é um servidor de carreira, com isso, ele será afastado para que seja investigado. Vou pedir a abertura de uma sindicância interna para apurar a irregularidade cometida por ele na ocupação de um cargo público, caso seja comprovada a culpabilidade dele no processo, haverá a exoneração”, explica Athayde.

O secretário ainda comenta que Reginaldo é o único servidor de carreira que tem um mandado de prisão expedido durante a Operação Fantoche, os outros quatro, são para comissionados que estiveram na gestão anterior. 

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