Conclusão de inquérito fez policiais permanecerem na Bolívia, diz PM

Duas viaturas da PM permaneceram na Diprove

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Duas viaturas da PM permaneceram na Diprove

Já estão em Corumbá, desde a noite de ontem (16), os policiais militares e as viaturas do 6º Batalhão da PM que permaneceram na Bolívia até conclusão de inquérito que apurou a perseguição policial que teve início no Brasil e terminou em solo boliviano nesta quinta-feira.

O comandante do 6º BPM, tenente-coronel Wilson César Velasques, explicou ao Diário Corumbaense o motivo que levou as viaturas brasileiras e os policiais militares a permanecerem naquele país até à noite. “A polícia boliviana precisa instruir todo o processo para que seja analisado pelo promotor de justiça como acontece também no Brasil. Após o promotor analisar, ele é remetido a um juiz, então, nós conseguimos, através dessa parceria que existe entre a Polícia Militar e a polícia boliviana, que essa fase instrucional e de análise das peças do inquérito fossem realizadas em poucas horas, então, o processo não foi demorado. No Brasil, um inquérito leva até 30 dias para ser concluído e nós conseguimos que isso fosse feito em questão de horas”, esclarece Velasques.

Com ajuda da polícia boliviana, os policiais militares brasileiros conseguiram prender o homem, já conhecido pela Polícia Militar e pela Receita Federal por crime de contrabando. Velasques esclareceu que os policiais militares brasileiros não ficaram presos, nem muito menos detidos. “Na verdade, a polícia boliviana realiza o ciclo completo de polícia. Ela é uma polícia única, não é como no Brasil que tem a Polícia Militar e a Polícia Civil que trata da parte cartorária, então, quando o cidadão foi preso, ele foi preso em conjunto com a polícia boliviana, então, é necessário dar sequência às demais documentações e nisso precisou também que os policiais militares fossem inquiridos no país vizinho”.

Entenda o caso

Na quinta-feira , depois de perseguição policial a um contrabandista brasileiro, duas viaturas da Polícia Militar permaneceram na Diprove, sede da Polícia Boliviana de Puerto Quijarro, até que os fatos fossem totalmente esclarecidos. A perseguição ao motorista do Voyage branco aconteceu porque ele não obedeceu à ordem de parada feita pelos agentes da Receita Federal. O condutor do veículo passou a realizar manobras arriscadas em direção a Corumbá, mas não conseguiu o que pretendia, e acabou retornando para Bolívia, fazendo as viaturas terminarem perseguição em território do país vizinho.

A ocorrência começou por volta das 11 horas e encerrou-se com o regresso dos policiais, por volta das 19h, e do contrabandista, que vai responder no Brasil por todos os crimes que cometeu durante a ação. Segundo Velasques, o preso vai responder pelos crimes de contrabando, tentativa de homicídio, porque quase atropelou dois agentes da Receita Federal, e danos, porque durante a fuga ele colidiu contra vários veículos no Brasil. Na ocorrência d ontem, ele estava contrabandeando roupas. O homem está na Delegacia de Polícia Federal.

Para que as informações não ficassem truncadas, e para que as leis do país vizinho não fossem violadas, convencionou-se que nem a Polícia Militar, nem a polícia boliviana iriam conceder entrevistas durante a realização do processo ontem, na Bolívia. 

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