Delegacias improvisam em MS e deixam presos enjaulados e sem banheiro há mais de 20 dias

CAOS E PERIGO: Policiais civis temem pela segurança e reclamam de instalações inadequadas para manter presos. Os servidores são obrigados a levar os detidos para fazerem necessidades fora da jaula e urinar em garrafas pet.

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CAOS E PERIGO: Policiais civis temem pela segurança e reclamam de instalações inadequadas para manter presos. Os servidores são obrigados a levar os detidos para fazerem necessidades fora da jaula e urinar em garrafas pet.

Há pelo menos 20 dias, cinco presos vivem ‘enjaulados’ em uma cela improvisada na Delegacia de Polícia Civil de São Gabriel do Oeste, município localizado a 133 quilômetros de Campo Grande. O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) foi até o local e constatou que falta banheiro e há risco até para segurança da própria equipe da delegacia.

O presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa, os presos estão há muitos dias sem tomar banho. Na ‘jaula’, inclusive, não há banheiro, obrigando o único agente plantonista da delegacia a acompanhar os presos a fazer suas necessidades fora da carceragem improvisada.

Isso sem contar que, não havendo a possibilidade de este acompanhamento ser sempre feito, os presos acabam usando garrafa pet para urinar. “O mau cheiro está muito forte, a situação é muito precária, tem comida no chão”, detalha o dirigente do Sinpol.

Apenas um policial civil fica de plantão na delegacia. Em tese, é ele quem investiga os crimes e cuida dos presos.

Outro detalhe: a cidade, com cerca de 24 mil habitantes, segundo o IBGE, está sem delegado. Barbosa diz que o titular está de férias e, enquanto isso, o da vizinha Camapuã o substitui, fazendo visitas esporádicas à delegacia.

A informação do Sinpol é que a transferência dos presos para uma unidade mais adequada já foi pedida. Por enquanto, sem data marcada, completa ele.

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