Policiais militares prenderam nesse domingo (7) em Paranhos, na fronteira com o Paraguai, um médico de 46 anos, procurado pela Justiça do estado do Paraná. M. A. C. A., que é de nacionalidade paraguaia, estava na cidade da fronteira, segundo ele, a procura de emprego na Prefeitura local.
Durante a abordagem, os policiais militares descobriram que pesava em desfavor do médico, um mandado de prisão em aberto na Comarca de Cruzeiro do Oeste, no Paraná, por descumprimento de determinação judicial em Mato Grosso do Sul, onde, em teoria, estaria cumprindo pena pelo assassinato de outro médico, crime ocorrido em 2007 na região do “Vale do Ivinhema”.
Segundo o delegado titular de Polícia Civil em Sete Quedas, Dr. Rinaldo Gomes Moreira, que na época comandou as investigações e prendeu M. A. C. A. na região do Vale do Ivinhema, o médico, em companhia de um vigia de um hospital da cidade de Novo Horizonte do Sul, teria emboscado e matado, com o objetivo de tomar o cargo da vítima, o também médico e diretor do Hospital Municipal de Taquarussu.
Ainda de acordo com o delegado, que era titular na Delegacia de Nova Andradina na época, durante a emboscada, que aconteceu na região de uma ponte que liga Taquarussu a Nova Andradina, uma psicóloga e uma enfermeira que estavam com a vítima também acabaram feridas.
Na ocasião, de acordo com o delegado, os acusados utilizaram uma espingarda calibre 12 para atirar contra a vítima.
Levados a júri popular, em primeiro julgamento o vigia foi condenado a 34,8 anos de prisão e o médico, apontado como o autor intelectual do crime, acabou pegando uma pena de 47 anos de prisão.
M. A. C. A. recorreu da condenação e teve a pena reduzida para 17 anos, mas, segundo o delegado, após trabalhar por certo tempo no ambulatório do Presídio Harry Amorim Costa (PAHC), em Dourados, teria ficado apenas pouco mais de dois anos preso, sendo colocado em liberdade sob regime condicional.
O vigia acusado de participação no crime na época, de 49 anos, também teve a pena reduzida em cinco anos, durante o recurso.
Segundo o delegado, Dr. Rinaldo Moreira, em primeiro momento o médico M. A. C. A. deverá permanecer preso na Delegacia de Polícia Civil de Sete Quedas, sede da Comarca a qual o município de Paranhos pertence, mas posteriormente deverá ser levado à cidade paranaense de onde o mandado de prisão em seu desfavor se origina.
* O médico acusado já cumpriu pena e não foi punido pelo CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul).
(Matéria editada dia 19/07/2024 para acréscimo de informações a pedido da defesa do médico).