Três policiais civis presos no início do mês passado, dezembro, durante uma operação conjunta envolvendo o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a DECO (Delegacia Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Corregedoria da Polícia Civil do Estado, foram liberados por meio de “habeas corpus” e retomaram suas funções na Delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia essa semana.

Segundo o coordenador do GAECO em MS, o Promotor de Justiça, Dr. Marcos Alex Vera de Oliveira, os policiais, que foram presos por força de mandados de prisão expedidos pela Justiça da Comarca de Amambai, poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva, inserção de dados falsos em banco de dados da Administração Pública e de formação de quadrilha, tipificados nos artigos. 288, 312. 313-A e 317, todos do Código Penal Brasileiro, já que o habeas corpus garante apena o direito a responder pelas acusações em liberdade.

De acordo com a Polícia Civil, a recondução dos três policiais, que passaram quase um mês presos na capital do Estado, Campo Grande, aos respectivos cargos na cidade da fronteira com o Paraguai, foi necessária devido a falta de efetivo na instituição.

Desde que os três policiais foram presos, segundo o Ministério Público Estadual, acusados de modificarem versões de boletins de ocorrência da Polícia Militar ao realizar o registro na Delegacia e até deixar de dar continuidades nos boletins registrados em troca de supostos subornos, a Delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia passou a contar apenas com três policiais, a delegada, que atualmente está afastada do cargo para tratamento de saúde, um escrivão e uma investigadora.

A devesa dos três policiais nega envolvimento dos agentes públicos no suposto esquema criminoso.