Polícia britânica apreende impressora 3D que seria usada para criar armas

A polícia britânica encontrou, nesta quinta-feira (24), um galpão onde supostos criminosos armazenavam drogas, produtos falsificados e também uma impressora 3D – o produto seria usado para produzir armas. No local, havia um gatilho e um pente que tinham acabado de ser “impressos” e poderiam ser utilizados em armamentos, segundo as autoridades.

Se for comprovada a fabricação de armas no local, disse um dos investigadores ao “Daily Mail”, haverá indícios de que o crime organizado vem adquirindo tecnologia para produzir a nova geração de armas.

Além da impressora 3D e dos itens por ela produzidos, os policiais também apreenderam armas “tradicionais”, o equivalente a 330 mil libras (cerca de R$ R$ 1,2 milhão) em drogas, 2 milhões de libras (cerca de R$ 7 milhões) em produtos falsificados e 25 mil libras (cerca de R$ 88,4 mil) em dinheiro. Um homem foi detido no local.

Em maio, um único modelo de arma para impressoras 3D teria sido baixado 100 mil vezes em apenas dois dias, quando foi disponibilizada online. A informação foi divulgada pelo Defense Distributed, site que disponibilizou o download da arma chamada Liberator. O Departamento de Estado dos EUA mandou tirar o conteúdo do ar, e o site disse ter obedecido.

Polêmica

Segundo autoridades da área de segurança, um dos problemas da arma feita em impressora 3D é o fato de ela ser produzida com plástico – o único item de metal da arma é o percutor (peça que ocasiona a faísca para a explosão da pólvora). Desta forma, ficaria mais difícil de barrar este tipo de objeto em detectores de metal.

Nos Estados Unidos, alguns políticos já planejam projetos de lei para proibir a fabricação de armas 3D ou que tentam estabelecer meios de tornar esses itens identificáveis em detectores.