Justiça rejeita denúncia de coação do MP contra pastor acusado de estupro no Rio

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro recusou e devolveu denúncia de coação feita pelo Ministério Público do Estado contra Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Segundo o TJ, a denúncia será refeita e deve ser apresentada novamente. A vítima do processo diz ter sido ameaçada por pessoas […]

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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro recusou e devolveu denúncia de coação feita pelo Ministério Público do Estado contra Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Segundo o TJ, a denúncia será refeita e deve ser apresentada novamente. A vítima do processo diz ter sido ameaçada por pessoas ligadas ao pastor, após o denunciarem à polícia.

Por causa da anulação da denúncia, o pastor recebeu um habeas corpus no processo de coação. O TJ não informou o motivo de a denúncia ter sido rejeitada, pois o processo corre em sigilo de Justiça. Como está preso, acusado de estuprar duas fiéis da igreja que comanda, em São João de Meriti, ele continuará no presídio do complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste da capital fluminense.

Além das acusações de estupro, Pereira é investigado por envolvimento com o tráfico, lavagem de dinheiro e participação em homicídio. As investigações sobre o pastor começaram há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado fiéis da igreja que comanda.

Na época da prisão, o delegado Márcio Mendonça, da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), afirmou que o pastor fazia orgias com homens, mulheres e menores dentro de uma igreja em São João de Meriti. O pastor alegaria que as pessoas estavam possuídas por demônios e precisavam ter relações sexuais com ele, que era uma pessoa santa. Segundo o delegado, Pereira visitou o traficante Marcinho VP, apontado pela polícia como um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho, por duas vezes, nos presídios federais de Catanduvas (PR) e Mossoró (RN).