Juíza ignora Polícia Federal e libera Adalberto Siufi para viagem ao exterior
A juíza substituta da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, Kelly Gaspar Duarte Neves, concedeu liminar autorizando o médico Adalberto Siufi a viajar pra o exterior. A decisão vai contra recomendação da Polícia Federal que investiga Adalberto na Operação Sangue Frio. Conforme decisão, o médico deve deixar o país entre os dias 30 de julho […]
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A juíza substituta da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, Kelly Gaspar Duarte Neves, concedeu liminar autorizando o médico Adalberto Siufi a viajar pra o exterior. A decisão vai contra recomendação da Polícia Federal que investiga Adalberto na Operação Sangue Frio. Conforme decisão, o médico deve deixar o país entre os dias 30 de julho e 13 de agosto. Vereadores chegaram a informar que iriam protocolizar pedido na Justiça para barrar a saída dele do país.
No dia 11 de julho, Adalberto entrou com pedido para se ausentar do país, com destino aos Estados Unidos da América. O pedido foi anexado ao processo. No dia seguinte a representante do MPE consultou o Juízo da 5ª Vara Federal e o delegado da Polícia Federal, Marcos André Araújo Damatto, para saber se haveria alguma restrição que impedisse Adalberto de deixar o país – uma vez que ele está sendo investigado por suspeita de diversos crimes na Operação Sangue Frio.
No dia 16 de julho, o delegado providenciou uma medida cautelar de proibição de ausentar-se do País e ingressou com o pedido a na Justiça. Entretanto, como não houve resposta sobre pedido feito pelo delegado, a juíza que analisava o caso decidiu autorizar Adaberto a deixar temporariamente o território nacional.
A juíza alegou ainda que a ação penal é referente a ‘suposta’ posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por isso não haveria empedimentos quanto a autorização da viagem. A decisão foi assinada nesta quinta-feira (18).
O advogado e primo do médico, Renê Siufi, informou que Adalberto iria se ausentar do país para visitar o filho que faz mestrado nos EUA.
Operação Sangue Frio
Adalberto é investigado na Operação Sangue Frio da Polícia Federal, deflagrada no dia 19 de maio, no Hospital do Câncer e Hospital Universitário. Os crimes investigados são: fraude em licitação, superfaturamento, corrupção passiva, peculato e formação de quadrilha.
Siufi era diretor do Hospital do Câncer apontado como fachada para desvio dos recursos. Os pacientes entravam pelo HC, mas todo o tratamento seria pago para a Neorad. A informação é que os tratamento são pagos à Neorad (empresa da família Siufi) com crescimo de 70% maior a tabela SUS.
A investigação, segundo o superintendente da PF, surgiu após denúncias, ações civis e inquéritos do Ministério Público Federal, os quais apontam irregularidade no serviço de oncologia. “Vários indícios de que havia algo errado”, disse Marcon à época.
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