Após cassação de colegas, Alceu Bueno diz que casos são semelhantes e decisão é da Justiça

Dos três vereadores que estão na mira da Justiça, só Alceu atendeu as ligações e afirmou que confia na absolvição, apesar de avaliar que casos são semelhantes.

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Dos três vereadores que estão na mira da Justiça, só Alceu atendeu as ligações e afirmou que confia na absolvição, apesar de avaliar que casos são semelhantes.

Dos cinco vereadores investigados por suspeita de compra de voto na Câmara de Campo Grande, dois já tiveram respostas negativas: Paulo Pedra (PDT) e Mário César (PMDB). Outros três, Delei Pinheiro (PSD), Alceu Bueno (PSL) e Thais Helena (PT), continuam na mira da Justiça, mas ainda não têm condenação.

A reportagem tentou contato com os três vereadores que estão na berlinda, mas só o vereador Alceu Bueno atendeu as ligações. Embora diga que os casos são semelhantes, o vereador afirma que está tranquilo e deixa o resultado nas mãos da Justiça.

“A Justiça está ai para decidir: primeira, segunda e terceira. Todos os casos são semelhantes. Eu penso que seja, mas, entrego em primeiro lugar nas mãos de Deus e segundo nas mãos da Justiça”, justificou.

O vereador voltou a dizer que, no caso dele, a Justiça pegou casos isolados e que as testemunhas foram apresentadas fora do prazo legal. Além disso, afirma que sofre retaliação de assessores que tentaram lhe chantagear. “Eu entrei com queixa-crime. Tenho todas as gravações e vão ser apresentadas em juízo”, declarou.

Apesar da condenação dos dois colegas, Alceu espera ser absolvido. “Estou tranquilo. Sou uma pessoa que entendo que minha vida está nas mãos de Deus. Não acontece nada sem permissão de Deus. Se entender que estou errado, vou aceitar e se entender que estou certo, também”, analisou.

O vereador afirma que mais preocupado que ele, devem estar as testemunhas que ele alega estar inventando coisas para prejudicá-lo. “Mais preocupado está quem foi com prova falsa. Além do processo criminal, vão sentir o que é tentar prejudicar alguém que foi eleito pelo povo”, concluiu.

O Caso

Quatro testemunhas procuraram o promotor eleitoral Clovis Smaniotto para fazer uma denúncia contra Alceu. Duas testemunhas afirmam que eram assessores de campanha e acusam o vereador de gastar R$ 100 mil em troca de voto por combustível.

As denúncias fizeram o promotor pedir para as testemunhas serem ouvidas no processo, mas Alceu Bueno recorreu e conseguiu derrubar o pedido. Porém, a juíza Elisabeth Rosa Baish autorizou a inclusão do depoimento por avaliar que são fundamentais para o processo. A nova audiência foi marcada para agosto.

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