A Polícia Militar prendeu na noite dessa sexta-feira (22) um presidiário do regime semiaberto de 46 anos e um rapaz de 19 anos, acusados de assaltar idosos e aterrorizar os moradores da região da Vila Nova, em Coronel Sapucaia, fronteira com o Paraguai.

De acordo com a PM, Juvenal Correia dos Santos, de 46 anos e Márcio de Matos Ifran, de 19, moradores na mesma residência, na região da Vila Nova, além de praticar furtos a residências e ameaçar moradores no bairro onde residem, também assaltavam pessoas idosas na cidade.

De acordo com a polícia os acusados abordavam as vítimas sempre aos finais de tarde, quando retornavam para suas casas ou se deslocavam em direção a igrejas.

Segundo a polícia o último assalto praticado pela dupla correu no final da tarde de quinta-feira, dia 21 de junho e teve como vítima duas mulheres, uma de 43 e outra de 67 anos.

Durante o assalto, que aconteceu na região central da cidade, os marginais levaram das mulheres, cinco anéis de ouro, um relógio de pulso e dois aparelhos celulares.

A prisão

A prisão dos acusados, na noite dessa sexta-feira, ocorreu durante uma abordagem de rotina. Segundo a PM, durante a abordagem os policiais desconfiaram dos anéis que os acusados estavam usando, posteriormente reconhecidos pelas mulheres como sendo os levados das vítimas durante o assalto do dia anterior.

Depois de detida, a dupla teria confessado a prática do roubo e dado detalhes sobre como agiam.

De acordo com a Polícia Militar, no assalto de quinta-feira os acusados teriam usado um revólver de brinquedo, bastante semelhante a um revólver original, calibre 38, para render e ameaçar as vítimas. A falta arma de fogo estava de posse de um deles na hora da abordagem.

Segundo a PM, na casa dos acusados os policiais também apreenderam uma espingarda de ar comprimido (pressão), adaptada para calibre 22. A arma estava com munição.

Juvenal Correia é condenado

Segundo a polícia, um dos acusados de assaltar idosos na cidade da fronteira, Juvenal Correia dos Santos, de 46 anos, está cumprindo, em regime semiaberto, 4 anos de prisão, após ser condenado por tráfico de drogas pela Justiça da Comarca de Amambai.

Em situação normal ele deveria permanecer recolhido em um setor de albergue no Estabelecimento Penal de Amambai (EPAM) e, com autorização judicial, sair apenas para trabalhar e retornar no final da tarde, permanecendo sob vigilância durante a noite e nos finais de semana e feriados

Em virtude de dois incêndios consecutivos, que destruíram os albergues do presídio local, o último deles em novembro de 2010, os detentos que ganham o direito a progressão de regime para o semiaberto, que deveriam permanecer sob vigilância do Estado, são mandados de volta para as ruas sem cumprirem a pena devida, tendo a obrigação somente de se apresentar regularmente no presídio para assinar uma lista.

Desde que essa medida foi adotada pela Justiça na Comarca de Amambai por falta de condições adequadas para fazer cumprir a lei, mediante o descaso que o Governo de Mato Grosso do Sul em resolver a situação, inúmeros detentos do regime semiaberto que ainda deveriam estar sob vigilância do Estado, foram flagrados e voltaram a ser presos por práticas de delitos diversos contra a sociedade, entre eles, perturbação do sossego e crimes como, violência doméstica, furtos, tráfico de drogas e inclusive assaltos a mão armada.