A Polícia Civil de São Paulo deve ouvir na tarde desta terça-feira a segunda testemunha do sequestro-relâmpago que vitimou o jogador Valdivia e sua mulher na última quinta-feira. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marco Aurélio Batista, do 23º DP, a testemunha é funcionária da loja na qual o jogador fez compras antes do sequestro.

Na manhã de hoje, outro funcionário da mesma loja, que também não quis ser identificado, prestou esclarecimentos aos policiais. O delegado, porém, não divulgou o teor das informações fornecidas pelas testemunhas.

Na noite desta segunda-feira, o jogador voltou do Chile e detalhou como foi o sequestro. De acordo com Batista, a mulher do jogador, Daniela Aránguiz, não deve voltar logo ao País e a polícia ainda não sabe quando ela vai depor. Daniela afirmou à emissora chilena TVN que sofreu tentativa de estupro do criminoso que sequestrou o casal. Ela passou o fim de semana no Chile com o marido e disse que não pretende voltar a morar no Brasil.

O casal foi dominado por homens armados por volta das 21h da última quinta-feira na avenida Sumaré. Valdivia telefonou para a polícia duas horas depois, após ser largado em frente ao Centro de Treinamento do Palmeiras, na avenida Marquês de São Vicente, na zona oeste de São Paulo, sem ter sofrido ferimentos. O delegado informou que já recebeu as imagens das câmeras de segurança da loja, mas que não pretende divulgá-las em um primeiro momento. Segundo o delegado, Valdivia teria reconhecido os criminosos por meio das filmagens.

Valdivia não descartou sair do clube para morar no Chile com a mulher. O meia afirmou à TVN que não se trata de uma desculpa para deixar o time alviverde e que seria muito complicado tomar uma decisão neste momento.

“Para mim é difícil. Sempre coloquei o plano pessoal acima do profissional. Tenho contrato com o Palmeiras até 2015 e insisto que tudo isso é difícil para mim. Ela (Daniela) decidiu se mudar definitivamente para o Chile. É possível que eu abandone o Brasil e a cidade de São Paulo”, afirmou o jogador.