Polícia Militar diz que fará avaliação psicossocial em policial e lamenta morte de pedreiro
A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou, por meio de nota oficial divulgada no site da corporação, que lamenta a morte do pedreiro Wilson Meaurio, de 41 anos, afirma que assim que terminarem os depoimentos o soldado será encaminhado para o Presídio Militar Estadual e fará avaliação psicossocial. A […]
A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou, por meio de nota oficial divulgada no site da corporação, que lamenta a morte do pedreiro Wilson Meaurio, de 41 anos, afirma que assim que terminarem os depoimentos o soldado será encaminhado para o Presídio Militar Estadual e fará avaliação psicossocial.
A nota traz ainda o relato lavrado em boletim de ocorrência que contém o depoimento do acusado e informa que é preciso investigar de qual arma foi realizado o disparo que resultou na morte do pedreiro.
O soldado relatou que, por motivos desconhecidos, teve a trajetória interrompida por um grupo de cinco ou seis indivíduos, que começou a depredar o carro.
Ele conta que saiu do veículo para se abrigar em uma residência próxima do local dos fatos, na Rua Barão de Limeira. O soldado do 9° BPM telefonou para a irmã, uma policial civil, que foi lhe prestar socorro.
Ela teria dado um tiro de advertência e as pessoas que teriam depredado o carro correram para as casas vizinhas, momento em que o policial se armou e efetuou os disparos.
Leia a nota da Polícia Militar na íntegra:
“O Comando Geral da Polícia Militar lamenta o ocorrido na madrugada da virada do ano, no Bairro Universitário, envolvendo um policial militar numa briga que resultou em cinco pessoas feridas, inclusive uma mortalmente.
As informações preliminares extraídas do Boletim de Ocorrência relatam que um soldado do 9º BPM em deslocamento com seu veículo pela Rua Barão de Limeira teve sua trajetória interrompida por cinco ou seis indivíduos que por razão ainda desconhecida começaram a danificar seu automóvel, vindo a quebrar todos os vidros. O policial foi agredido sofrendo várias lesões por parte do grupo, mas conseguiu se desvencilhar e se abrigar em uma residência próxima, ocasião em que teria ligado para sua irmã, uma policial civil, pedindo ajuda. Esta não demorou a ir em seu apoio. Ao chegar no local do fato teria efetuado tiro de advertência, pois os agressores do PM tentavam adentrar na residência onde este estava abrigado. O grupo teria se dispersado nas casas vizinhas, momento em que o PM teria se armado com uma arma de fogo e efetuado disparos contra o grupo. Quatro pessoas foram feridas, uma delas mortalmente.
Não se pode afirmar ainda qual arma foi responsável pelos disparos, se a do policial militar, da policial civil ou se havia outra arma com o grupo de agressores. Somente exames periciais poderão esclarecer essa dúvida.
Todos os feridos foram socorridos à Santa Casa, inclusive o Policial Militar, que sofreu várias lesões. Após ser medicado o PM foi levado à Delegacia de Polícia. Foram autuados em flagrante até o momento o PM, a Policial Civil e um dos envolvidos na briga.
Há informações de que logo após o desfecho da ocorrência, quando as vítimas já estavam sendo socorridas, um outro irmão do soldado, que também é policial militar, sabendo da ocorrido, se deslocou ao local do fato e teria ameaçado integrantes do grupo caso ocorresse alguma coisa com seu irmão. Este PM também foi levado à delegacia e autuado por ameaça.
O Comandante Geral informa que além da investigação, que será realizada pela Polícia Civil, a Polícia Militar também instaurará procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da ocorrência e o envolvimento do policial. O soldado da PM após o registro do flagrante será encaminhado ao Presídio Militar Estadual e submetido à avaliação psicossocial.”