A categoria afirma que apenas estará concentrada em casos emergenciais

Polícias civis iniciaram agora pela manhã, um dia de paralisação por melhores salários e condições e trabalho.

Eles reivindicam um aumento de 25% ao Governo do Estado, que ofereceu reajuste de 9,15%. O presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa da Silva, informou que a solicitação acompanha o aumento a nível nacional.

A categoria fez questão de destacar que apenas estará concentrada em casos emergenciais. “Quem for registrar boletim de ocorrência terá muita dificuldade. Este é um sinal de alerta que estamos emitindo neste dia de protesto para que o governo do estado reconheça o valor do nosso trabalho”, explica Alexandre.

Para ele, não houve outra alternativa. “O nosso policial é um dos menos corruptos do Brasil, que conseguiu fazer com que o índice de homicídio caísse em 57% no Estado em 2011’, disse.

Mesmo com uma nova proposta por parte do governo na noite de ontem (18), todas as delegacias de Mato Grosso do Sul aderiram a paralisação. Alexandre informou que ontem no final da tarde, André Puccinelli (PMDB) convocou o sindicato e ofereceu o reajuste de 9,15%, mas a classe acredita que o valor, que representa uma diferença de R$ 170, “é muito pouco em detrimento ao serviço prestado.”

A informação do sindicato é de que, amanhã os serviços serão retomados com o Tolerância Zero, no final de semana o serviço será normal, mas já na segunda feira a paralisação será retomada pelo período de 48h. “Durante o Tolerância Zero vamos estar prendendo e abordando, com mais policiais nas ruas, inclusive os que estariam de folga, para mostrar a população qual seria o atendimento ideal. Hoje enfrentamos falta de efetivo e condições de trabalho limitada”, explicou Alexandre. Além disso, o presidente do sindicato, declarou que após o final de semana a paralisação será retomada.

“Caso não haja sinalização do Governo sobre as negociações, na segunda-feira vamos retomar a paralisação, que será de 48h. Se mesmo assim o Estado não manifestar nenhuma reação, ai faremos uma greve geral”, afirmou.

Negociação Salarial

A discussão a respeito dos salários teve início no dia 16 de março, quando cerca de 600 policiais, entre investigadores e escrivães de Mato Grosso do Sul, se reuniram no Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais), no bairro José Abraão, para uma Assembléia Geral Extraodinária. Na época o presidente da entidade afirmou que a convocação seria a nível nacional e que uma greve poderia ser realizada, exatamente em um mês depois, no dia 16 de abril.