Adolescente de 16 anos é baleado pela PM e família contesta ação policial

A família do adolescente de 16 anos baleado ontem (27), após perseguição policial no bairro Aero Rancho, região sul da Capital, afirma que irá entrar na justiça para contestar a ação policial, já que “o menino ficará com sequelas por conta dos tiros e não é bandido”. ”Passei a noite inteira no hospital com o meu […]

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A família do adolescente de 16 anos baleado ontem (27), após perseguição policial no bairro Aero Rancho, região sul da Capital, afirma que irá entrar na justiça para contestar a ação policial, já que “o menino ficará com sequelas por conta dos tiros e não é bandido”.

”Passei a noite inteira no hospital com o meu filho e já é certo que ele ficou sem o dedo do pé e da mão. Ele é um menino bom, que estuda e não tem ficha criminal. O que ele fez foi pegar a moto sem a minha permissão e me disse que ficou com muito medo quando viu os policiais, já que era menor de idade. Não tinha necessidade do abuso de força e agora vou representar contra em todos os órgãos que puder”, afirma a mãe do menino, Adriana Parron.

A mãe afirma que a moto pertence a uma empresa da família e que o menino saiu de Terenos para a Capital com um amigo, da mesma idade que ele. “Eu moro na avenida Marechal Deodoro e ele veio para o bairro passear com o amigo, já que eu estava na fazenda. E o volume no qual os policiais disseram ser uma arma na cintura dele, na verdade era o boné pendurado, que ele colocaria depois de retirar o capacete”, conta a mãe Adriana.

Da mesma maneira, a tia do menino, Elisabeth Queiroz, 50 anos, diz que a revolta é grande, já que o policial atirou na direção do menino em movimento e também depois que ele já estava no chão. “Eles pegaram o menino que estava na garupa e depois atiraram no meu sobrinho quando ele estava no chão, sem necessidade nenhuma, atingindo o pé esquerdo, a mão direita e também na região do tórax”, alega a tia Queiroz.

Em entrevista ao jornal Midiamax, o Coronel Reginaldo Medeiros, responsável pelo 10° BPM (Batalhão da Polícia Militar), afirma que as circunstâncias estão sendo apuradas. “Já repassamos os dados dos policiais envolvidos na ocorrência e também estamos apurando as divergências nos relatos. Em breve será emitido um comunicado a imprensa”, afirma o coronel.

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