Versão da polícia diz que assessor tentou extorquir Vanderlei Cabeludo
Celso Roberto Costa disse que no gabinete do vereador do PMDB funcionava um esquema de favorecimento na distribuição de casas populares
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Celso Roberto Costa disse que no gabinete do vereador do PMDB funcionava um esquema de favorecimento na distribuição de casas populares
O assessor parlamentar Celso Roberto Costa, 35, conhecido como Mário Covas, que denunciou na semana passada um suposto esquema de favorecimento na distribuição de casas populares em Campo Grande está detido desde a madrugada de sábado numa das celas do Garras (Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Seqüestros).
Boletim de ocorrência policial afirma que o assessor, lotado até a semana passada no gabinete do vereador Vanderlei Cabeludo, do PMDB, teria tentando extorquir o parlamentar, seu chefe.
Consta no boletim que Costa foi até a casa do vereador e exigiu dele R$ 8 mil. Em troca, o assessor prometeu que retiraria a denúncia feita na Polícia Civil.
Ainda segundo o registro policial, o parlamentar teria ficado sabendo que o assessor havia comprado uma arma. Mais tarde, na madrugada, policiais civis foram até a casa de Costa, no bairro São Francisco, e lá acharam um revólver de calibre 38, sem registro.
Celso Costa foi detido por tentativa de extorsão e posse irregular de arma. Um dia antes, ele havia sido indiciado por estelionato.
Costa teria recebido R$ 600 de uma mulher a quem ele prometera apressar o processo de sorteio de uma casa popular. Isso não teria ocorrido e a mulher contou o caso à polícia.
Já de acordo com a denúncia do assessor, o esquema de favorecimento na distribuição de casas funcionaria no gabinete e numa agência que produz um programa de tevê do parlamentar.
O caso foi noticiado primeiro no site UHNews que, por determinação judicial tirou parte da entrevista do assessor, já na manhã de sexta-feira, dia 6, antes da suposta tentativa de extorsão.
Celso Costa, antes de preso, foi ouvido na delegacia de Defraudações, onde relatou o caso. A imprensa não teve acesso ao relato dele.
O esquema, segundo ele, envolvia as casas construídas pelo Estado e também pela prefeitura de Campo Grande. A trama funciona assim, a casa era sorteada primeiro a quem pagasse uma “taxa” aos envolvidos no suposto plano.
Pela regra, a delegacia de Defraudações deve ouvir os secretários das secretarias de Habitação. O presidente da Câmara, Paulo Siufi, do PMDB, prometeu ouvir antes o vereador Cabeludo para, depois, anunciar que medida deve tomar.
Celso Costa ainda não teria contratado um advogado.
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