Anderson Manoel da Silva, de 30 anos, integrante da quadrilha, foi quem levou as três jovens de 17, 18 e 19 anos ao cativeiro; ele foi preso em sua casa no Jardim Futurista, em Campo Grande

A Defurv (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos) apresentou há pouco, Anderson Manoel da Silva, 30, acusado de ser um dos participantes da quadrilha que sequestrou as jovens de 17, 18 e 19 anos, que saíam de uma festa a fantasia do curso de enfermagem, na avenida Afonso Pena, centro de Campo Grande.

As três foram surpreendidas quando chegavam próximas a uma caminhonete S-10, de propriedade da mãe de uma das vítimas.

De lá as jovens foram levadas para um cativeiro (o local ainda está sendo investigado), onde também estavam duas mulheres. A quadrilha, segundo investigações é formada por pelo menos  seis pessoas, entre homens e mulheres.

Silva foi quem levou as jovens do cativeiro até as proximidades da saída de Cuiabá de onde foram soltas. Possivelmente ele seria o responsável por levar o veículo para algum país vizinho. O mesmo confirma que o mando do crime partiu de dentro do presídio de Campo Grande.

Anderson foi preso pela Polícia Militar na manhã desta quinta (10), em sua casa no bairro Jardim Futurista em Campo Grande. Segundo a polícia, Anderson tentou fugir com a aproximação da viatura. A PM chegou até ele após denúncias de que a caminhonete havia passado pelo local.

A caminhonete S10, roubada na madrugada desta quinta-feira (10),  foi encontrada abandonada, próximo a Anhandui, cidade a 60 quilômetros de Campo Grande.

A polícia acredita que o autor tenha ido ao cativeiro, e durante a abordagem encontrava-se em sua casa, esperando o momento da sua participação.

Sequestro

Por volta das 2h20 desta quinta-feira, J.C.S., 17, N.L.P. 18 e C.R.P. de 19 anos saíam do bar Valentinos onde participavam de uma festa a fantasia de formandos. Ao chegarem próximo a caminhonete, elas foram abordadas por três homens armados.

Um deles disse que levaria o veículo, mas diante da resistência de uma delas, o bandido sacou uma arma e as levaram a um cativeiro, onde permaneceram com as mãos amarradas para trás e com os olhos vendados.

Ainda segundo uma das garotas, neste local havia mais três homens, duas mulheres e até uma criança. Falando ao celular, uma das vítimas ouviu os sequestradores dizerem que levariam a droga para Dourados e depois seguiriam ao Paraguai.

As vítimas ficaram na companhia do bando por cerca de duas horas e meia e foram liberadas amarradas e vendadas, sem o carro, próximo à saída para Cuiabá.

O sequestro foi notado por uma amiga das vítimas. Segundo ela, uma delas pediu a chave do seu carro para pegar alguns objetos mas não retornou para entregá-la antes de ir embora.

Cerca de quase uma hora depois, a amiga notou a demora, saiu da casa noturna e não as viu. Em outro carro foi pra casa, pegou a chave reserva e voltou para buscar o automóvel.

Ao entrar no veículo percebeu que as coisas da amiga ainda estavam lá. Foram feitas várias ligações nos celulares das vítimas e um dava como fora de área e outro não atendia.

Preocupada e percebendo que algo de errado havia acontecido, a jovem acionou policiais das CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).

Por volta, das 5h, a amiga conseguiu falar com uma delas que contou o que havia acontecido e indicou onde estavam. Policiais da CIGCOE foram ao endereço e encaminharam as vítimas à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde registram o Boletim de Ocorrência. (Colaborou Laura Holsback)