Daniel e Maycon foram presos pela Polícia Rodoviária Federal, na BR-262, próximo ao município de Miranda após serem abordados em uma fiscalização de rotina.

Daniel Paredes Ferreira, 20 anos, e Maycon José Cardoso Nogueira, 22 anos, acusados de terem matado Ângela Cristina Peixoto da Silva, 32 anos, com 17 facadas em Cuiabá (MT), foram apresentados à imprensa nesta quinta-feira (17) na Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Seqüestros (Garras).

Daniel e Maycon foram presos pela Polícia Rodoviária Federal, na BR-262, próximo ao município de Miranda na quarta-feira (16), após serem abordados em uma fiscalização de rotina.

Segundo o inspetor chefe do núcleo de Comunicação Social da PRF, José Ramão Mariano Filho, os dois foram abordados durante fiscalização da Operação Sentinela e ficaram muito nervosos com a abordagem. Diante disso, os policiais foram checar se a documentação do veículo que eles conduziam estava regular.

O inspetor informou que antes mesmo da checagem os autores confessaram que o veículo era ‘roubado’, isto é, que tinha sido recebido como forma de pagamento por terem matado Ângela a mando de Damião Francisco Rezende, 34 anos, marido da vítima.

Ramão ainda informou que segundo os autores eles teriam vindo para Mato Grosso do Sul para despistar a polícia já que não sabiam que a Operação Sentinela também estava sendo realizada no estado.

O inspetor também informou que Maycon já teria morado em Corumbá e conhecia muito bem os meandros do local, por isso teriam escolhido ir para a Bolivia vender a caminhonete e não para o Paraguai.

Autores

Segundo os autores, o marido os contratou pelo valor de R$ 15 mil mais o que conseguissem roubar da residência e a caminhonete S10.

Entretanto, eles não receberam nenhum dinheiro do marido e ficaram apenas com os objetos (três relógios de pulso, sete pares de tênis, jóias, três TVs LCD, um notebook, um netbook e celulares) e a caminhonete.

Daniel ainda disse que eles deram ‘penas’ 10 facadas e que as outras sete devem ter sido dadas pelo marido. Segundo ele, o marido estava escondido na casa observando a mulher ser morta.

O autor ainda disse que não participou do crime e que somente segurou a vítima para que o colega a matasse. Ele falou também que o terceiro envolvido, que já foi preso em Cuiabá, não participou do crime. Apenas os levou até a residência de Ângela e Damião.

De acordo com ele, os dois estavam viajando para Bolívia onde venderiam a caminhonete pelo valor que conseguissem.

Questionado porque teria matado a vítima foi incisivo: por dinheiro!

Já o motivo que teria levado o marido a encomendar a morte seria traição.

Desdobramento

Com a confissão dos jovens, a PRF de Mato Grosso do Sul entrou em contato com a polícia civil e com a PRF do Mato Grosso informando que os jovens tinham sido pegos no estado e confessado o crime.

Com isso, Damião Francisco Rezende e mais um envolvido no assassinato da mulher foram presos em Cuiabá na quarta-feira (16). O comerciante foi preso na saída do cemitério Parque Bom Jesus, onde a vítima foi sepultada.

O real motivo do crime ainda não foi revelado e Rezende afirma que não premeditou a morte da esposa.

No dia do crime estavam na residência a vítima, o marido e uma criança, filha do casal.
Ângela foi assassinada com 17 facadas e, segundo informações da Polícia Civil, o assalto foi simulado para encobrir a morte da vendedora.