O tenente coronel Roberto Fernandes, do 29º Batalhão da Polícia Militar, no Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo, disse nesta segunda-feira (4) que a mulher que ligou para o 190 para denunciar policiais militares que executaram um homem dentro de um cemitério de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, em 12 de março, está sob proteção policial. O áudio do telefonema feito pela mulher à polícia foi obtido pela Rádio CBN (ouça ao lado).

Os dois policiais envolvidos estão presos no Presídio Romão Gomes e respondem a um inquérito policial militar. Um deles se envolveu antes em três ocorrências de resistência seguida de morte.

Segundo a polícia, o homem morto, Dileone Lacerda de Aquino, de 27 anos, tinha cumprido pena em Bauru, no interior de São Paulo, e havia sido preso antes por suspeita de roubo, desacato, receptação, formação de quadrilha e resistência à prisão.

De acordo com o coronel, o homem que recebeu o tiro de pistola no peito dentro do cemitério havia se envolvido horas antes em um roubo a um furgão de uma empresa de cosméticos no Itaim Paulista, Zona Leste da capital. Na tentativa de fuga, ele bateu o carro contra o muro de um condomínio e foi alvejado na perna pelos policiais. Em seguida, os policiais o colocaram no carro de polícia e o levaram até o cemitério. Lá, deram o tiro no peito que o matou. Em seguida colocaram o corpo de volta no carro de polícia e levaram até um pronto-socorro. Foi nesse momento que a denunciante viu a ação criminosa e ligou para o 190.