Morte de PM após confronto com policial federal em Dourados completa dois meses
Nesta sexta-feira (8), completou dois meses da morte do policial militar Sandro Álvares Morel. A ‘operação’ que culminou com a morte de Morel e com ferimentos do também PM José Pereira de Souza e do policial federal Leonardo Lima Pacheco, aconteceu no dia 8 de maio deste ano, dia das mães. A Guarda Municipal Zilda Aparecida […]
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Nesta sexta-feira (8), completou dois meses da morte do policial militar Sandro Álvares Morel. A ‘operação’ que culminou com a morte de Morel e com ferimentos do também PM José Pereira de Souza e do policial federal Leonardo Lima Pacheco, aconteceu no dia 8 de maio deste ano, dia das mães.
A Guarda Municipal Zilda Aparecida Rodrigues Ramires teria sido a pivô da tragédia. Segundo os depoimentos, Zilda mantinha contato com Leonardo por MSN (Mensseger). Em uma das conversas o PF teria convidado Zilda para manter relações sexuais em troca de drogas, sem saber que a mulher era da Guarda Municipal.
Zilda então teria dito a Sandro Morel que o policial federal Leonardo seria traficante de drogas. Sem autorização superior, Zilda, Sandro e o PM José Pereira teriam ido até o apartamento do policial federal para pega-lo em ‘flagrante’. A decisão de fazer a batida teria surgido de Sandro, segundo depoimento da GM. Teria havido então uma troca de tiros que matou Sandro. O tiro teria partido da arma do policial federal.
Segundo a defesa do federal, Sandro teria anunciado a batida em ‘voz baixa’, o que não seria de ‘praxe’ em operações como essa, o que teria gerado a troca de tiros. Mas a família do policial militar tem outra versão. Segundo a irmã de Sandro, o PM teria feito os procedimentos de abordagem corretamente, porém Leonardo teria atirado assim mesmo: “Meu irmão morreu depois do primeiro tiro que ele levou”, afirma a irmã.
O inquérito ainda está em andamento. Faltam os resultados da perícia nos computadores e do pen drive enviados para Campo Grande. O delegado Humberto Perez Lima afirma que a demora não compromete as investigações. “Todos os envolvidos estão sob vigilância e o caso será logo solucionado”, afirma o delegado.
Porém, o PF Leonardo Pacheco está desde maio em Belo Horizonte – MG, logo após conseguir a liberdade provisória. Leonardo teria ido para Minas para tratar do ferimento do tiro que sofreu durante batida em seu apartamento e que poderia correr risco de vingança ficando em Dourados. Outro motivo para a ida de Leonardo para MG é a sua família: Seus pais, seu filho e sua esposa moram em Belo Horizonte.
Início deste mês (1° de julho), o juiz Tadashi Kuramoto determinou o retorno de Leonardo para Dourados ainda este mês. A data limite para o retorno do PF ao município é logo após o dia 13 de julho. Segundo o juiz as alegações de Leonardo para ficar em BH são inconsistentes
A redação do Midiamax em Dourados procurou o major Tony Audry Zerlotti, comandante da Guarda Municipal de Dourados, para saber informações sobre a situação da guarda municipal Zilda Aparecida Ramires. O comandante disse apenas que foi instaurado inquérito para investigar a participação de Zilda na ‘batida’.
Segundo Zerlotti, a guarda não poderia ter participado da batida e que a competência da corporação restringe-se apenas a defesa do patrimônio público, portanto ela não estaria de serviço. O comandante irá conceder entrevista ao jornal eletrônico na próxima semana.
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