O oficial da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, mais conhecido como “Major Curió”, ficou preso durante três horas nesta semana, após ser detido por porte ilegal de arma pela Polícia Federal. Ele foi um dos que lideraram a repressão à Guerrilha do Araguaia (1972-1975), um dos casos mais emblemáticos na história dos governos militares.

O major foi preso na terça-feira durante operação de busca e apreensão realizada pela PF e pelo Ministério Público Federal para “localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da guerrilha”.

Como encontrou armas sem registro, a Polícia prendeu o militar. Mas Curió conseguiu um habeas corpus horas após ser detido. O processo tramita na 8ª vara criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e a assessoria do tribunal não informou o motivo da soltura.

Segundo informações oficiais do Exército, Curió ficou preso das 22h30m de quarta-feira até a 1h30m de ontem. Segundo o juiz de plantão Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Tribunal de Justiça do DF, o alvará de soltura foi concedido rapidamente porque Curió tem endereço fixo, não atrapalhou a investigação e tem mais de 70 anos.

Mesmo assim, Curió responderá por posse ilegal de armas.

(Com informações da DPF)