O universitário, atingido por um tiro no peito, está internado. O delegado do Garras (foto) chamou a imprensa para falar sobre o caso e disse que o rapaz foi indiciado por três motivos diferentes.
O estudante de Engenharia Civil da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Endreo Linconl Ferreira da Cunha, 20, detido ontem (27) em Campo Grande, após colidir sua caminhonete em cinco carros estacionados e atropelar o investigador da Polícia Civil José Ângelo de Souza Filho, estaria dirigindo bêbado, carregando uma porção de droga e também não seria habilitado para conduzir o veículo que guiava. Ele levou um tiro no peito do policial atropelado.
As informações foram passadas à imprensa em coletiva na sede do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) pelo delegado Rodrigo Iassaka nesta tarde de segunda-feira (28). O policial civil envolvido também trabalha no Garras.
Na confusão, segundo o delegado, o policial que teria sido atropelado acertou um tiro no peito do rapaz, que está internado sob escolta no hospital Proncor. A versão da polícia diz que o rapaz participava de evento festivo na UFMS com colegas de classe. Lá, ele teria bebido, discutido e dito que estava armado.
Outro estudante de engenharia, policial militar, teria tentado revistá-lo, mas Andreo, ainda segundo o Garras, teria saído do local dirigindo a caminhonete em alta velocidade.
Perto dali, num semáforo em frente ao Atacadão, o universitário teria batido em cinco carros parados, um deles é do investigador José Ângelo, que ia pegar as duas filhas que assistiam a um show no estádio Morenão. Isso ocorreu por volta das 5 da manhã de domingo (27).
A caminhonete, fotografada no estacionamento do Garras, apresenta pequenos arranhões na parte dianteira esquerda.
Assim que o jovem bateu nos veículos, segundo o Garras, o policial teria se identificado ao rapaz, que acelerou a caminhonete, atropelando-o. O investigador, que atua no Garras e sofreu ferimentos leves, sacou a arma e disparou um tiro que acertou o rapaz no peito. O projétil entrou de um lado e saiu do outro.
O delegado ouviu ao menos sete testemunhas até agora.
Já de acordo com a versão do rapaz, ele disse que teria saído da festa da UFMS abalado porque algumas pessoas queriam agredi-lo. Ele nega que tenha arranjado confusão com outros colegas.
O delegado do Garras, contudo, disse que no primeiro depoimento, o universitário omitiu duas informações: que teria batido a caminhonete em outros veículos e atropelado o investigador.
Conforme o policial, o rapaz foi indiciado por tentativa de homicídio, evasão, falta de habilitação – ele possui carteira B, mas caminhonete, classificada como caminhão pelo tamanho e capacidade de carga, exige a C – e por carregar 1,6 gramas de haxixe. Endreo Linconl já foi indiciado no passado por lesão corporal e injúria, informou o delegado.
O universitário está internado e seu estado de saúde é estável. A mãe do rapaz entrou em contato com o Midiamax, mas disse que só vai se manifestar oficialmente mais tarde.
