“Homem-Aranha” é preso acusado de estupro e cárcere privado em Corumbá
Uma denúncia de ameaça fez a Polícia Civil de Corumbá descobrir o que pode ser uma gangue responsável por furtos e roubos na região do Conjunto Cravo Vermelho, na parte alta da cidade. Desde o último sábado, 19 de março, Fábio Camargo Martins, 26, conhecido como “Homem-Aranha” e “Fabinho”, está detido na Delegacia acusado de […]
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Uma denúncia de ameaça fez a Polícia Civil de Corumbá descobrir o que pode ser uma gangue responsável por furtos e roubos na região do Conjunto Cravo Vermelho, na parte alta da cidade. Desde o último sábado, 19 de março, Fábio Camargo Martins, 26, conhecido como “Homem-Aranha” e “Fabinho”, está detido na Delegacia acusado de ameaça; cárcere privado e estupro. No celular dele, foram encontradas fotos em que aparece exibindo armas, com um grupo de pessoas, e simulando abordagens de assalto a mão armada.
“Homem-Aranha” foi denunciado pela ex-mulher, de 23 anos, por ameaças. Mas, a Polícia Civil descobriu que ele havia mantido a vítima em cárcere privado entre os dias 13 e 18 de março. Nesse período, a teria estuprado seguidamente mediante ameaças. O delegado responsável pelas investigações, Enilton Zalla, disse que começou a descobrir os crimes ao ouvir a vítima em depoimento.
“No depoimento percebemos que não se tratava de uma simples ameaça, mas cárcere privado. Ela afirmou que no dia 13 de março, quando o pai foi pegar o filho, ele teria apresentado um punhal para ela e a levado até a casa onde permaneceu trancada por seis dias. Durante esse tempo, a forçou a ter relações sexuais com ele, sempre utilizando um punhal”, contou o delegado.
Detido na casa da mãe da vítima – “ela conseguiu fugir e ele foi atrás” – e levado para a Delegacia, a sequência da investigação trouxe à tona a possível ligação de “Homem-Aranha” com o mundo do crime. A vaidade pessoal acabou traindo o acusado. “Verificando o celular dele encontramos fotos juntamente com outros rapazes portando armas, com abordagem de assalto e demos voz de prisão por crimes de ameaça; cárcere privado e estupro. Houve a relação sexual forçada e com prática de atos libidinosos”, declarou Zalla.
Hacker
Já autuado em flagrante, pelos três crimes, Martins chegou a negar a autoria das fotos dizendo que um “hacker” tinha colocado as armas nas fotos – uma pistola 9 milímetros de uso restrito e um revólver calibre 38 -, mas acabou assumindo.
“Confessou que a arma não era dele, e sim do pessoal do Cravo [Vermelho]. Agora, a Polícia Civil vai investigar para identificar essas pessoas que aparecem com ele na foto. Vamos ver se estão ligados a furtos e roubos na região do Cravo Vermelho e proximidades. Eu quero saber quem são esses caras que estão com ele”, complementou o responsável que tem dez dias para concluir o inquérito e encaminhá-lo para a Justiça.
“As fotos denunciam que ele é afeto ao mundo da criminalidade. Olhando objetivamente, por enquanto, se tem a leitura que ele é uma pessoa com ligação no mundo do crime. Ninguém sai exibindo armas como essas”, argumentou. O delegado Enilton Zalla quer identificar o grupo porque pode haver a participação de menores de idade. O que pode trazer mais uma acusação para o “Homem-Aranha”, dessa vez por corrupção de menores.
“Estamos investigando a vida dele profundamente, ver a relação de amizades. Saber, por exemplo, porque ele foi para Curitiba e voltou com ouro; jóias e celulares. Ele tem um celular de mil reais. Vamos apurar para ver se deciframos outros crimes na região”, ressaltou. Enilton Zalla destacou a ação da Polícia Militar que encaminhou o caso para a Delegacia logo que recebeu a denúncia da vítima. Ele pediu que se alguém tiver mais informações sobre o “Homem-Aranha” e seu bando, pode procurar a Delegacia de Polícia Civil que terá a identidade preservada.
10 anos preso
Com passagens policiais por furto e violência doméstica, segundo a Polícia Civil, o “Homem-Aranha”, Fábio Camargo Martins pode pegar penas cumulativas que somam dez anos de prisão, acredita o delegado Enilton Zalla. O crime de ameaça dá pena de 1 a 6 meses de reclusão; sequestro e cárcere privado de 1 a 3 anos, aumentando de 2 a 5 anos se a vítima é cônjuge, companheiro. Estupro, que é crime hediondo garante de 6 a 10 anos de prisão.
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