Agente penitenciário havia flagrado celular e recebeu ameaça de preso antes do atentado

Hudson Moura da Silva foi transferido para uma unidade hospitalar particular de Campo Grande, na tarde desta quarta-feira. Seu estado de saúde ainda é grave. Para garantir a segurança do agente penitenciário, uma escolta está de prontidão na porta do quarto hospitalar.

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Hudson Moura da Silva foi transferido para uma unidade hospitalar particular de Campo Grande, na tarde desta quarta-feira. Seu estado de saúde ainda é grave. Para garantir a segurança do agente penitenciário, uma escolta está de prontidão na porta do quarto hospitalar.

O agente penitenciário Hudson Moura da Silva, 34 anos, baleado com dois tiros de pistola .40 na madrugada de segunda-feira (31), recebeu ameaças de morte três dias antes de sofrer o atentado. Ele flagrou no dia 28 de outubro um preso com três celulares dentro da unidade de regime aberto, que fica na Vila Sobrinho.

Foi justamente quando saia dessa unidade prisional que o servidor foi alvejado.

O preso que cumpre pena por roubo e furto fez menções pessoalmente para Hudson quando foi surpreendido com os celulares, inclusive no dia seguinte evadiu-se do regime aberto que havia conquistado. Ele se apresentou na unidade da Vila Sobrinho na manhã desta quinta-feira (3). O nome do apenado não foi revelado, já que não há provas de seu envolvimento no atentado.

Depois do atentado contra Hudson, o caso passou a ser investigado pela Gerência de Inteligência da Segurança Pública (Gisp) e também pela (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros). Já o inquérito vai tramitar na 7ª Delegacia, que fica na Avenida Júlio de Castilho.

Conforme o delegado titular da 7ª DP, Natanael Costa Balduíno, várias linhas de investigação passam a ser seguidas, por meio da coleta de oitivas de familiares e colegas de trabalho da vítima.

Não é descartada a hipótese de que o alvo do atirador seria outro agente penitenciário, por exemplo. Na madrugada do baleamento de Hudson, o colega dele era F.C.R., que já havia recebido ameaças e estava de plantão quando o presídio que estava trabalhando, localizado na Rui Barbosa, sofreu um atentado com dinamite.

O caso

Hudson foi baleado no ombro e no tórax na madrugada de segunda no momento que ia abrir o portão para um preso sair da unidade de regime aberto. Ele foi levado pata a Santa Casa lúcido, passou por cirurgia, mas permanecia no centro cirúrgico por falta de Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

Ele foi transferido para uma unidade do Hospital El Kadri, na tarde desta quarta-feira, onde permanece internado e com aparato de escolta para proteção.

O tiro que atingiu o tórax de Hudson causou diversas complicações. Entrou pelo peito, mas atingiu o fígado e partes do intestino. Depois a bala transfixou. O outro projétil, que acertou o ombro, também atravessou o corpo do agente e atingiu a parede da unidade.

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