O Presídio Federal de Mato Grosso do Sul pode “hospedar” presos do estado do Rio de Janeiro, que são apontados como mandantes de ataques a carros no Grande Rio.O secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, disse que o governo fluminense solicitou à Justiça a transferência de oito presos, número que poderá chegar a 13, para presídios federais em outros estados.

Atualmente existem apenas quatro presídios federais em todo País: Campo Grande , Catanduvas , Porto Velho e os mais novo em Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte. Como o número de tranferidos pode chegar a 13, existe grande chance de MS receber parte ou até mesmo todos os detentos.

De acordo com Beltrame, há informações que os ataques a carros no Grande Rio foram ordenados por um grupo de detentos. De domingo (19) até esta terça-feira (23), cerca de 19 veículos foram incendiados ou metralhados por grupos de homens armados em várias vias. Eles obrigavam as pessoas a abandonarem os carros e, em seguida, incendiavam os veículos.

O secretário também informou sobre a morte de um suspeito e a prisão de pelo menos seis pessoas acusadas de participarem dos ataques. Beltrame disse ainda que várias armas, entre elas um lança-rojão, e drogas foram apreendidas. Segundo ele, parte das prisões ocorreu em Copacabana. “Quatro pessoas foram presas em Copacabana. Uma delas revelou que as ordens vinham do Complexo Penitenciário via Vila Cruzeiro (favela que integra o Complexo do Alemão, na Penha)”, disse.

Beltrame descartou, neste momento, convocar a Força Nacional de Segurança e avaliou que as polícias Militar e Civil estão conseguindo reprimir as ações criminosas, mas confirmou que a Polícia Rodoviária Federal vai intensificar o policiamento nas rodovias. De acordo com o secretário, o policiamento na cidade está reforçado com 450 homens e 140 viaturas.

O secretário também deu um recado ao crime. Beltrame disse que não vai retroceder nas políticas de segurança e ameaçou avançar com a repressão “dobrando a aposta”. Ele afirmou que não é tolerável a imposição de território por armas de fogo. “Se as ações continuarem, vamos com força dobrada. Grupos criminosos instalados aqui há 20, 30 anos, não vão simplesmente desisitir. Mas nós também não. Vamos em frente”, disse.