O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), disse, em entrevista a CBN Rio, que permanece as determinações de desocupação das áreas que correm risco de deslizamento na cidade. Ele afirmou que os cariocas não devem voltar às suas casas, se essas estiverem em áreas de risco.

Segundo o prefeito, se as pessoas desobedecerem as ordens dos funcionários da Defesa Civil, e permanecerem em áreas de risco, será usada força policial para retirá-las do local.

Em relação às áreas alagadas de Vargem Grande e Vargem Pequena, Paes disse que os condomínios de classe média construídos no local são irregulares, pois essas áreas que alagam.

O Estado e o município continuam em estado de atenção. Durante a madrugada, uma ressaca muito forte atingiu a cidade e a água do mar invadiu a av. Atlântica, em Copacabana, próximo ao Posto 6. No Aterro do Flamengo, o mar carregou pedras para a pista sentido centro. Segundo o prefeito, as vias serão liberadas por volta das 8h.

Chega a 182 o número de mortos em todo o Estado. A maioria das vítimas foi registrada em Niterói (107). Também há mortos na cidade do Rio (55), em São Gonçalo (16), em Magé (1), em Nilópolis (1), em Petrópolis (1) e na região de Paracambi (1).

As chuvas também fizeram com que mais de 14 mil pessoas deixassem suas casas em todo o Estado, segundo levantamento da Defesa Civil. Desse total, mais de 11,4 mil pessoas são desalojadas –estão em casas de parentes e amigos– e outras 3.200 estão desabrigadas, ou seja, dependem de abrigos públicos.

No morro do Bumba, em Niterói, 60 casas foram interditadas ontem pela Defesa Civil. Os moradores foram para abrigos ou casa de parentes.