O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, sem partido, preso por corrupção desde o dia 1º deste mês em uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, foi transferido por uma questão de “logística”, informou o defensor do prefeito, o advogado Carlos Marques, embora circule na cidade um forte boato indicando que Artuzi teria recebido ameaça de morte.

Marques negou que Artuzi teria recebido ameaças de morte na prisão. Ele confirmou a transferência e garantiu que o prefeito permanece sob custódio da Polícia Civil. O advogado informou que sabe o local que abriga o prefeito já afastado por determinação judicial, mas não quis revelar a reportagem.

O prefeito estava detido numa cela sozinho. Artuzi, segundo a Polícia Federal, seria o líder da organização que fraudava as licitações. Com ele, foram detidos 9 dos 12 vereadores de Dourados. Ao todo, 60 pessoas foram denunciadas por participação no esquema, 54 das quais já foram libertas.

A quadrilha supostamente chefiada por Artuzi foi descoberta por meio de interceptações telefônicas e gravações de imagens feitas pelo jornalista Eleandro Passaia, ex-secretário de Governo do município, até então braço direito do prefeito. A policia municiou Passaia com equipamentos tecnológicos.

Desde detido, Artuzi não concedeu entrevistas.