O governador de Sergipe, Marcelo Déda, disse nesta quarta-feira (18) que a polícia do Estado já tem um suspeito de ter cometido o atentado contra o presidente do TRE-SE (Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe), Luiz Mendonça. De acordo com Déda, um criminoso de Alagoas chamado Floro Calheiros, que atuava no norte de Sergipe, já havia ameaçado Mendonça anteriormente e pode ter sido o autor da tentativa de homicídio.

Déda voltou a descartar que o crime tenha qualquer motivação política. Ele afirmou que a polícia não descarta nenhuma hipótese, mas que a chance de uma motivação eleitoral é “remotíssima”. O governador afirmou que não vê nenhum risco para a segurança das eleições no Estado, mas que, caso considere necessário, não hesitará em pedir ajuda ao governo federal para garantir que a votação transcorra normalmente.

– As linhas mais vigorosas de investigação são no sentido de buscar alguma relação do episódio com vingança de criminosos que foram presos no período em que Mendonça era secretário de Segurança Pública. Há esse fugitivo da Justiça sergipana chamado Floro Calheiros, que teria ameaçado o desembargador e outras autoridades sergipanas.

As declarações foram feitas após Déda encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede provisória da Presidência da República. O governador, que estava em Brasília na manhã desta quarta, cancelou agendas que tinha no resto do dia na capital federal para voltar a Aracaju. De acordo com Déda, Lula manifestou “indignação” e “solidariedade”.

– Lula manifestou preocupação e indignação, porque é um magistrado que sofreu um atentado. O presidente e eu estamos empenhados em prender os pistoleiros e descobrir os mandantes ou a rede que se formou para praticar esse atentado. Ele manifestou solidariedade com o Judiciário de Sergipe e se colocou à disposição para que a Polícia Federal trabalhasse conjuntamente nas investigações e na perseguição dos criminosos. Já há colaboração entre as policias do Estado e Federal.