Alberto Roberto Nogueira já foi preso por tráfico de armas e julgado por assassinato de policial militar

O ex-servidor da Secretaria de Estado de Receita e Controle Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o conhecido Betão, acusado de envolvimento em quatro assassinatos, entre os quais o de um policial militar, e processado por tráfico de armas, teve a casa ocupada hoje cedo, em Campo Grande, por policiais federais que foram cumprir um mandado de busca e apreensão. No local, foram confiscadas uma pistola de uso restrito e uma quantia em dinheiro, perto de R$ 40 mil, segundo informações extraoficiais.

A reportagem do Midiamax, em diálogo por telefone com o advogado de Betão, José Roberto Rodrigues da Rosa, confirmou a operação policial, ainda não divulgada pela assessoria de imprensa da PF. O defensor disse que estava no prédio da PF, ao lado do ex-servidor, e que ainda ia “conhecer de perto o conteúdo do mandado de busca e apreensão”.

Policiais federais entraram na casa de Betão na manhã de hoje, mas a assessoria da instituição informou que nada sabia da investida e que “mais tarde” poderia detalhar o caso.

Betão é um velho conhecido da polícia. Por duas ocasiões ele foi preso, numa delas por suposta participação nos assassinatos de um empresário e de um geólogo, em Guarujá (SP). Essas mortes teriam como motivação briga por terra rica em reservas minerais, em Mato Grosso. O ex-governador de MT, Júlio Campos, surgiu inicialmente no inquérito como suposto mandante dos crimes ocorridos em 2004. Até hoje esses crimes são tidos como um mistério. O delegado que apurava o caso teria se matado no apartamento que morava, no Guarujá.

Há dois anos, Betão foi preso em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, com armamentos de guerra. Trazido para cá, o ex-servidor ficou preso por um ano e oito meses e, em fevereiro deste ano foi posto em liberdade por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Em 2008, o ex-servidor foi absolvido pela Justiça sul-mato-grossense pelo assassinado do policial militar Hudson Ortiz, crime ocorrido em Campo Grande, em 2003. Em 2000, Betão teria matado um homem na Vila Serradinho, também na Capital.

(Matéria editada para correção de informação)