Polícia acha corpo que pode ser do rapaz que sumiu ao sair de casa com R$ 25 mil

Willian Matos saiu para negociar gado acompanhado de duas pessoas e nunca mais foi visto; corpo ainda não foi reconhecido

A agonia da família de Willian Borges de Matos (22) que já durava quarenta dias pode ter terminado de forma trágica ontem. Um corpo foi encontrado a 30 km de Maracajú na Fazenda Pontal do Estreito em uma plantação de milho, e inicialmente pode ser o corpo do jovem.

Segundo o pai de Willian, o sitiante Benvindo Rodrigues Borges Neto ele foi avisado na noite de ontem que o corpo foi encontrado. “Encontraram o corpo bem danificado”.

Sêo Loro, como ele é conhecido na região está inconsolável, pois a família fazia uma investigação paralela em busca de pistas que levasse ao paradeiro do jovem. “Procuramos ele durante todo esse tempo desde o nascer do sol, só parávamos quando escurecia”.

Valter Guelssi, delegado da delegacia de Sidrolândia que investiga o caso, é mais cauteloso em afirmar que o corpo é mesmo de Willian. “Ainda não podemos confirmar, pois o corpo está em adiantado estado putrefação e somente um exame de DNA pode confirmar essa informação”, explicou.

Guelssi explica que o corpo foi reconhecido pela companheira da vítima, que reconheceu as vestes. “Mas ainda assim é preciso esperar o resultado da perícia e da necropsia para sabermos a causa da morte, pois nem os médicos do IML de Sidrolândia conseguiram informar olhando apenas o corpo. Inicialmente o levantamento é de que o cadáver encontrado teve óbito há cerca de 40 dias”.

O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal [IMOL] em Campo Grande para que sejam feitos exames de perfil genético, toxicológico e de Raio X.

Para a família, a causa mais provável da morte é latrocínio, roubo seguido de morte. “Claro que nós temos suspeitos, mas vamos esperar o trabalho da polícia”, afirmou o pai do jovem. O delegado confirma as investigações, porém afirmou que não pode dar mais detalhes já que ainda não há provas e estão correndo em sigilo.

Matos tinha uma companheira e era pai de uma criança pequena. Ele tinha uma residência na cidade e outra no Assentamento São Pedro, onde trabalhava durante a semana. Segundo a polícia, ele saiu com o dinheiro afirmando que compraria gado numa fazenda situada na cidade de Maracajú, próximo à Sidrolândia.